A Fórmula 1 tem vivido férias muito mais agitadas que de costume. A aposentadoria do campeão Nico Rosberg agitou a ‘dança das cadeiras’ do mercado, mas o nome do substituto é apenas uma das várias dúvidas que têm marcado este início de ano.
Os primeiros carros serão lançados no final de fevereiro, dias antes do início dos testes de pré-temporada, dia 27. Já a temporada começa com o GP da Austrália, dia 26 de março. Confira abaixo as 10 perguntas que rondam a categoria para esta temporada.
10 perguntas a serem respondidas na F-1 em 2017
1 Quem vai ocupar a vaga de Nico Rosberg?
Já se passou um mês desde que o atual campeão do mundo anunciou a aposentadoria de forma surpreendente e a Mercedes ainda não anunciou seu substituto. Tudo indica que será Valtteri Bottas, que ganharia uma chance de ouro após quatro anos na Williams. Mas por que tanta demora?
2 Massa vai voltar?
A resposta da primeira pergunta leva à segunda. O brasileiro concordou em retornar à Williams, pouco tempo depois de ter feito oficialmente a despedida no GP de Abu Dhabi, em novembro. Mas tudo depende do que Bottas vai fazer. Em teoria, o finlandês é o dono da vaga.
3 Quem pode acabar com o domínio da Mercedes?
A Ferrari, como de costume, promete um carro radicalmente diferente, mas a tática não tem funcionado nos últimos anos. Quem aparece como grande candidata a ameaçar os tricampeões do mundo é a Red Bull, que se deu bem na última mudança de regulamento que focou mais a parte aerodinâmica, em 2009. Mas há quem aposte que, como pôde se debruçar no projeto de 2017 bem cedo devido ao domínio do ano passado, a Mercedes seguirá no topo.
4 Como será o visual dos novos carros?
Com o aumento das asas em 25%, devemos ver carros mais agressivos, como os da primeira metade da década de 2000. Ao mesmo tempo, eles devem ser mais limpos que aqueles carros, sem aletas aerodinâmicas, remetendo a um visual mais clássico.
5 Nasr terá lugar no grid?
O brasileiro teve uma boa notícia com a confirmação de que Rio Haryanto perdeu seu grande patrocinador e virou carta fora do baralho na Manor. Lutando por uma das últimas vagas do pelotão, o piloto depende de apoio financeiro. Mas também é fato que não estão sobrando muitos pilotos experientes sem contrato e isso pode ser importante em um ano de mudança de regras.
6 A promessa de 5s a mais por volta se tornará realidade?
A ideia da adoção do novo regulamento era tornar a F-1 mais rápida e agressiva e o número que se tornou obsessão para os engenheiros foi de 5s por volta. Em novembro, Valtteri Bottas explicou que, pelo menos nas simulações da Williams, o objetivo não tinha sido totalmente obtido: ?Depende do circuito. Em alguns chega a 5s, mas em outros com a volta mais curta, como Monza, não passa de 2s.?
7 Relação entre Ferrari e Vettel vai melhorar ou azedar de vez?
O primeiro ano de Vettel na Ferrari foi uma verdadeira lua de mel. Em 2016, com a queda de performance do time, o alemão deixou clara sua frustração – e muitas vezes a descontou reclamando de outros pilotos. Com um novo regulamento em 2017, o tetracampeão espera que o time renasça. Caso contrário, pode fazer sua última temporada em Maranello, pois seu contrato acaba ao final deste ano.
8 O que Verstappen vai aprontar?
Ele venceu logo na primeira corrida na Red Bull, na quinta etapa de 2016, e foi um dos destaques do campeonato, envolvendo-se em polêmicas e protagonizando grandes manobras. Em sua primeira temporada completa em um time grande, o holandês de 19 anos deve travar um duelo equilibrado com Daniel Ricciardo, que fez uma temporada muito consistente ano passado.
9 Renault e Honda vão reagir?
As duas fabricantes de motores prometeram modificar completamente seus projetos para 2017 e agora contam com liberdade total no regulamento para recuperar o terreno perdido para Ferrari e, especialmente, Mercedes.
10 Filho de bilionário é bom mesmo ou só marketing?
Comprar uma vaga na F-1 é de praxe, mas Lance Stroll estreia na Williams sob muita desconfiança devido à maneira como sua carreira foi construída. O canadense vem de um título fácil na F-3, em uma equipe comprada e equipada pelo pai e companheiros pouco competitivos. Agora, o piloto de 18 anos passa por uma preparação, também bancada pelo bilionário Lawrence Stroll, sem comparações na história recente da categoria e garante que vai calar os críticos.