O acusado de matar o menino indígena Vitor Pinto em dezembro de 2015, em Imbituba, no Sul catarinense, irá a júri popular nesta terça-feira (14). A sessão será na Câmara de Vereadores do município, às 9h. Matheus de Ávila Silveira, de 24 anos, confessou ter matado a criança.
Vitor tinha dois anos quando foi assassinado, no dia 30 de dezembro de 2015 com um corte no pescoço em frente à rodoviária da cidade, no momento em que era alimentado pela mãe.
Confome a ativista da causa indígena Azelene Kaingang, a Fundação Nacional do Índio (Funai) levará ao julgamento os pais do menino. Outros representante da comunidade indígena e da fundação também devem comparecer à sessão.
Matheus ficou preso na Unidade Prisional de Imbituba e depois foi transferido para o Hospital de Custódia de Florianópolis. O rapaz foi diagnosticado com uma síndrome que causa transtorno de personalidade.
Matheus foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio duplamente qualificado.Caso seja condenado, ele pode receber uma pena de 12 a 30 anos de prisão.
Influências de espírito
O jovem chegou a alegar à polícia ter matado a criança “por influências de uma religião”. De acordo com os policiais, ao ser interrogado, afirmou que “segundo promessas de espíritos, se ele matasse uma criança poderia alcançar seus anseios profissionais e se impor perante a sociedade”.
Durante o inquérito policial, o suspeito negou ter escolhido a vítima pelo fato de ela ser indígena. “O suspeito disse que a matou porque criança é um ser sensível e a sociedade ficaria mais chocada e seria mais impactante”, declarou o delegado Raphael Giordani. O rapaz disse que não estava “lúcido” quando matou, segundo a polícia.
G1