O ex-padre Maximino Vicenci, de 44 anos, foi condenado em júri popular a 13 anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado por matar a própria mulher, Teresinha de Moraes Soave, de 63 anos. O homicídio ocorreu em março do ano passado em Balneário Piçarras, no Litoral Norte. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (10) no mesmo município.
Ele foi condenado por homicídio qualificado, por ter asfixiado a vítima, e também por ocultação de cadáver. A qualificadora do motivo fútil caiu, de acordo com o entendimento da maioria dos jurados. O ex-padre está preso. O G1 não conseguiu contato com a defesa de Vicenci.
Na época em que se apresentou à polícia, dez dias após o crime, ele confessou o crime e justificou o homicídio dizendo que houve uma briga porque ela lia livros que ele considerava em desacordo com a religião cristã.
Crime
O homicídio ocorreu em 27 de março de 2016, e Maximino se apresentou à polícia em 6 de abril do ano passado. De acordo com o depoimento dele aos policiais, o ex-padre limpou o local do crime e embrulhou o corpo da vítima em sacos plásticos. No dia seguinte, saiu para procurar um lugar para deixar o cadáver.
O corpo foi encontrado sem roupas no dia 29 de março perto do mirante da Serra Dona Francisca, em Joinville, cerca de 50 quilômetros distante de Balneário Piçarras. No mesmo dia, o suspeito registrou um boletim de ocorrência por abandono do lar. Segundo a polícia, para dar a entender que a mulher tinha ido embora.