Foram apenas quatro jogos, mas as três semanas de Alberto Valentim no comando do Palmeiras têm animado torcida, elenco e diretoria. Os números em campo e a aproximação ao líder Corinthians, adversário deste domingo, às 17h, em Itaquera, vêm fortalecendo cada vez mais a ideia de ter o interino como técnico efetivo no ano que vem.
Logo depois da negativa de Mano Menezes, que renovou contrato com o Cruzeiro, a diretoria não descartava a contratação de outro treinador para 2018. O GloboEsporte.com apurou, no entanto, que Valentim ganhou muitos pontos desde então e passou a ser visto como uma possibilidade real na próxima temporada.
Na última quarta-feira, Dudu, capitão do time, voltou a falar pelo elenco ao pedir a permanência do interino:
– Torço muito pelo Alberto, espero que ele continue no ano que vem. É excelente treinador, vem demonstrando. Não só eu, como todos (os jogadores) querem que seja o treinador definitivo – disse o atacante.
Ainda que a amostra de trabalho não seja vasta, os números até aqui dão razão a quem elogia Valentim. Sobretudo na produção ofensiva. Em suas quatro partidas como comandante, não foram poucas as chances reais de gol: oito contra o Cruzeiro, seis diante do Grêmio, sete frente à Ponte Preta e seis contra o Atlético-GO.
Das 27 rodadas com Cuca, em apenas nove (ou um terço delas) o Palmeiras criou seis ou mais oportunidades reais. A média era de 4,81 chances por partida, enquanto a média atual é de 6,75. Ao menos por ora, a média de gols marcados pelo time com Valentim também é superior: 2,5 por partida, contra 1,4 sob comando do técnico anterior. Já a média de gols sofridos é a mesma: um por partida.
A diferença talvez se explique pela mudança no estilo de atuar. Nas últimas rodadas, a equipe tem buscado envolver o adversário pelo chão. Anteriormente, uma das principais estratégias era a jogada aérea com Deyverson, atacante que agora é reserva de Borja.