A falta de energia elétrica pode resultar em um problemão para os agricultores, principalmente àqueles que trabalham com gado de leite, que precisam fazer a ordenha mecanizada, por exemplo, e para quem cultiva fumo, principalmente na fase final da safra quando é feita a secagem das folhas nas estufas. Uma situação que se agrava principalmente durante o verão, por conta dos temporais típicos dessa época do ano.
Segundo a Celesc, um dos vilões são os reflorestamentos. O problema está no plantio de pinos e eucalipto muito próximo da rede de fornecimento de energia. Basta um vento forte para os galhos e a casca que solta do tronco das árvores atingirem a fiação, causando a queda da energia.
Na busca de orientações técnicas e de soluções práticas para o problema, a Prefeitura de Rio do Oeste convidou o gerente regional da Celesc, Manoel Arisoli Pereira, para uma reunião com lideranças comunitárias, vereadores, técnicos e agricultores. “Existe a elaboração de uma Lei Estadual, que vai tratar especificamente dessa questão, facilitando o trabalho e o controle nos município. Mas, por enquanto, sem esse amparo legal, o que deve ser trabalhada é a conscientização”, observa o secretário de Agricultura Dirceu Nones.
A orientação da Celesc quando aos reflorestamentos é de que seja respeitada uma distância de 20 metros para cada lado entre a rede de fornecimento e a plantação. Somente essa medida preventiva já reduziria em 90% as ocorrências de falta de energia elétrica causada pelo contato com a vegetação. “A garantia do abastecimento é apontada como prioridade pelas lideranças comunitárias do nosso município. Por tanto, se cada um fazer a sua parte as atividades agrícolas nas propriedades não enfrentarão maiores problemas e os prejuízos serão menores”, ressalta o prefeito Humberto Pessatti.