Rui Car
08/11/2018 13h50

6 frases que você deveria tirar do seu dia (e como substituí-las)

Tratar a si mesmo com gentileza é um processo que inicia-se com as palavras que escolhemos para nos retratar

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As experiências que temos nos moldam. Entre muitos momentos gratificantes, também existem aqueles que põe à prova a força que temos. Não são raras as vezes que não conseguimos manter o otimismo e a esperança dentro de nós. Quando isso acontece, acabamos alimentando um fluxo de pensamentos negativos que distorcem nossa realidade.

 

 

Entretanto, há maneiras de evitar cair em uma lógica autodestrutiva. Cultivando o autocuidado e sendo mais gentil consigo mesmo, é possível encontrar a positividade em situações adversas. E tudo começa com as palavras que utilizamos no dia a dia.

 

Veja a seguir seis frases que você deveria tirar do seu dia a dia e como substituí-las:

 

1. “Eu sou um(a) idiota”

Substitua por: “Eu não estou compreendendo isto agora”

 

 

Provavelmente você já se sentiu incapaz por não ter conseguido realizar algo da melhor maneira possível. E neste momento, acabamos nos cobrando de forma injusta, nos auto depreciando. Entretanto, segundo a psicóloga Vanessa Moreira, nós só aprendemos com um erro ao passar por ele.

 

 

“Em alguns momentos, é necessário que passemos por uma situação negativa mais de uma vez, para ter a compreensão de diferentes ângulos e assim entender a história”, afirma a especialista. Para Vanessa, a maturidade vem com erros e acertos. Devemos sempre respeitar nosso próprio ritmo.

 

 

2. “Eu deveria estar fazendo isso agora”.

Substitua por: “Eu poderia estar realizando uma obrigação agora, mas estou escolhendo fazer outra coisa no lugar”.

 

Há momentos em que estamos repletos de obrigações. E por esse motivo, acreditamos que não devemos nos divertir ou apenas relaxar. Este é um pensamento que pode nos levar a exaustão. Para a psicóloga Lia Clerot, é necessário entender que temos limitações, e que nem sempre estamos em um dia bom.

 

Vanessa recomenda fazer uma avaliação sobre nossas tarefas: “O seu número de afazeres pode estar incompatível com seu espaço de tempo, ou então você pode estar deixando para depois o que é importante para você”, explica.

 

 

De qualquer forma, quando não encontramos energia para fazer o que precisamos, é necessário nutrir o nosso lado emocional com positividade. Montar um cronograma com nossas tarefas também pode nos ajudar a saber se conseguiremos ou não realizar algo, sem nos cobrar.

 

Vanessa afirma que o importante é ser honesto com si mesmo. “Não ter vontade para executar nossa rotina é normal. Isso não significa que você não irá fazer nada”, diz. Para a especialista, o que podemos fazer para reverter o quadro, caso este provoque angústia, é nos permitir realizar as tarefas mesmo sem vontade, já que não precisamos estar animados sempre.

 

3. “É tudo minha culpa”.

Substitua por: “Eu tenho culpa apenas pelos meus atos nessa situação e irei fazer o possível para melhorar”.

 

Para Vanessa, os erros são grandes sinalizadores de mudanças. Analisá-los, aprender com eles e ajustar nossas atitudes para que não cometamos futuros equívocos é extremamente produtivo.

 

Entretanto, quando a culpa se torna apenas uma forma de autopunição, nós não amadurecemos. “Isto faz com que fiquemos parados no tempo, apenas alimentando arrependimentos”, explica a psicóloga.

 

 

É necessário seguir em frente, tendo em mente que merecemos viver uma vida leve. “A culpa constante diminui a autoestima e nos transforma em pessoas tristes, que acreditam não ter valor”, afirma Vanessa.

 

4. “Eu nunca deveria ter feito isso”.

Substitua por: “Eu poderia ter feito de forma diferente”.

 

O arrependimento nos mantém no passado, e nos impossibilita de seguir em frente. Para Vanessa, aceitar nossas ações, sejam boas ou ruins, é o maior presente que podemos nos dar.

 

 

“A sua vida é o seu bem mais importante. Aceitar a si mesmo e suas ações faz com que você se permita ter novas escolhas, buscando ser sua melhor versão todos os dias”, afirma a especialista.

 

5. “O que as pessoas irão pensar de mim?”

Substitua por: “O que as pessoas pensam ou fazem diz respeito a elas. Atitudes externas não me definem”.

 

É comum precisar de validação externa em algum ponto de nossas vidas. Entretanto, não devemos construir uma vida que dependa de aprovação alheia. Ao fazermos isso, vivemos a vida por todos, menos por nós mesmos.

 

Para Vanessa, devemos levar em consideração críticas que nos façam crescer e que potencializem nosso desenvolvimento pessoal. Lia Clerot também indica que, para conquistar essa confiança, busque autoconhecimento.

 

Reconheça suas qualidades e saiba do que você é capaz. Dessa forma, é possível refletir de forma justa e assertiva sobre as opiniões que as pessoas carregam de nós mesmos.

 

 

6. “Eu deveria ser como as outras pessoas”.

Substitua por: “As pessoas são muito boas e há espaço para todos nós sermos bons”.

 

Comparar-se com outras pessoas é natural. Entretanto, isto não deve ser uma fonte de sofrimento. “Ao invés de se diminuir, você pode reconhecer o talento do próximo, buscando inspirações para realizar feitos incríveis a partir do exemplo do outro”, explica Vanessa.

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