Janeiro de 2017: a possibilidade de contar com Drogba no ataque animou os corintianos, mas tudo não passou de um sonho. A oferta foi recusada, e o marfinense preferiu seguir para os Estados Unidos para defender o Phoenix Rising, onde encerrou a carreira. Em entrevista neste domingo em Paris, ele falou sobre a negociação e disse que pesou o fato de assumir o controle do time da USL (liga de segundo escalão dos futebol nos EUA).
– O que aconteceu foi que eles fizeram uma oferta, não foi a única oferta que eu tive. Claro que é um clube grande e eu tenho muito respeito pelo Corinthians e pelos meus irmãos brasileiros, mas eu decidi ir por outro caminho ser co-proprietário de um clube, agora sou dono de um clube. Minha visão foi a longo prazo, não apenas uma visão de um ou dois anos, Foi por isso que eu decidi ir para os Estados Unidos e abraçar esse desafio.
No mesmo evento, o atacante falou sobre Neymar e seleção brasileira. Aposentado desde novembro, Drogba reconheceu que o camisa 10 não teve uma grande temporada, mas o colocou entre os melhores do mundo.
– Eu acho que o Neymar é um grande jogador, alguém que eu respeito muito. Algumas vezes nos falamos. Foi uma temporada difícil pra ele, acho que ele foi bravo o bastante para jogar, porque ele já teve uma Copa do Mundo difícil, voltando muito cedo para jogar, tentando ser competitivo para a seleção nacional. Depois com o Paris Saint-Germain, tentou competir e teve essas lesões, que o impediram de ter a menor performance dele. Mas ele continua sendo um dos melhores do mundo e quando ele está jogando você pode ver a diferença que ele faz para o time em campo.
Drogba em evento em Paris neste domingo — Foto: AFP
Um dos grandes ídolos da história do Chelsea, Drogba também falou sobre o trio de atacantes brasileiros da Premier League que estará na Copa América: Gabriel Jesus, Roberto Firmino e Richarlison.
– Pra mim é difícil porque eles são colegas, atacantes, cada um tem suas qualidade. Hoje o Firmino joga um pouco mais e ele também é um pouco mais decisivo, porque ele tem mais oportunidades. Mas eu penso que o Brasil tem muitas chances com os três atacantes. Todos os clubes, todos os treinadores sonham em ter esse trio de ataque.