O sistema público de saúde da Inglaterra terá que indenizar uma mãe que teve um filho com Síndrome de Down. Ela processou o NHS por “parto indevido” dizendo que, se fosse informada sobre a condição da criança, ela teria abortado.
Segundo o The Metro, Edyta Mordel abriu um processo e venceu e agora receberá uma indenização de seis dígitos do Royal Berkshire NHS Foundation Trust, que não identificou a condição do bebê durante a gestação.
A mulher polonesa engravidou em 2014 e deu à luz em janeiro de 2015, mas disse ao Tribunal Superior de Londres que não continuaria com a gravidez se soubesse que ele tinha Síndrome de Down.
“Eu conhecia alguém do trabalho que tinha Síndrome de Down. Vi como é difícil a vida dele e não teria continuado minha gravidez”, declarou ela durante o julgamento.
“Eu não gostaria de ter um filho deficiente e não gostaria que meu filho sofresse da mesma forma que as pessoas com deficiência. Eu não gostaria de ter trazido meu filho ao mundo assim”.
O Royal Berkshire NHS Foundation Trust argumentou que Mordel recusou um teste para a síndrome de Down, e é por isso que não foi feito. Consta no relatório o registro de triagem recusada, mesmo assim a justiça deu causa ganha para a mulher.
O juiz observou que Mordel havia agendado todos os testes, incluindo o de Down em uma consulta anterior. Entendeu também que ela havia recusado o teste por não entender a pergunta e decidiu pela causa por entender que o sistema falhou em cumprir seu dever.