Luiz Bertoli, que há muito esboçava um movimento de novas colonizações, incentivado por Vidal Ramos e motivado pela atividade inspiradora do então vigário de Rodeio, Frei Lucínio Korte, com qual tivera longos diálogos, organizou a primeira expedição do reconhecimento, formada também por Manoel Moratelli, José Franzói, Luiz Girardi, Battista Campregher, Antônio Fronza, Ângelo Moser, José Largura e Battista Giotti, que aportaram em maio de 1912, na confluência do rio das Pombas com o rio do Oeste, razão do primitivo nome, Barra das Pombas.
O nome rio das Pombas, por sua vez, “surgiu devido ao grande número de pássaros dessa espécie na região”.
Entre outros documentos, o “Termo de Abertura” do Livro de Tombo da Paróquia, em 1923, cita o nome de Barra das Pombas.
No final da década de 1920, a então “freguezia de Barra das Pombas” recebia o nome de “Villa Adolfo Konder”, conforme documento de 27 de Agosto de 1927, que registra a visita do Governador Adolfo Konder à “Barra das Pombas e Taió, sendo que a primeira se glória em tempo vindouro, de ter o nome Adolfo Konder”.
Pouco tempo durou a denominação de Villa Adolfo Konder, pois logo após a Revolução de 1930, este núcleo passou a chamar-se Rio do Oeste.
Por ocasião da nova divisão administrativa e judiciária do Estado, conseqüente a sanção da Lei Estadual n.º 247, de 30 de Dezembro de 1948, a antiga “freguezia de Barra das Pombas” recebeu oficialmente o nome de Rio do Oeste.
Esse diploma legal criava o distrito de Rio do Oeste e os Municípios de Taió e Ituporanga, no Alto Vale.
Na época, dirigia o município de Rio do Sul o prefeito Wenceslau Borini, sendo governador do Estado Aderbal Ramos da Silva, ambos pertencentes ao Partido Social Democrático, PSD.
Em 23 de Junho de 1958 foi criado o Município de Rio do Oeste, numa época de notável crescimento nacional e de amplas liberdades democráticas sob a égide do então Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Instalado oficialmente a 23 de Junho de 1958, foi administrado por Massimo Girardi, prefeito nomeado, que permaneceu no cargo de julho de 1958 até 31 de Janeiro de 1959.
Nesta data, assumiu a direção dos destinos municipais Leandro Bertoli, que, tendo sido o “primeiro prefeito escolhido pelas urnas populares” na eleição realizada a 3 de Outubro de 1958, governou até 31 de Janeiro de 1964.
No livro Crônica à Margem da História de Rio do Oeste a autora Alice Bertoli Arns, acerca do assunto, escreveu:
“… Para a escolha do nome influíram diversos fatores, entre os quais:
A denominação do rio principal que banha a região e logo adiante se encontra com o rio do Sul, formando o rio Itajaí-Açú.
Uma portaria do antigo Departamento Nacional dos Correios e Telégrafos, denominando a agência local de Rio do Oeste.
A poesia intrínseca ao nome, mais sonoro.
O fato de que as pessoas estranhas ao meio, ao se referirem ao lugar, habituaram-se mais à nova designação.
Durante certo tempo houve, no entanto, alguma dificuldade em assimilar o novo nome, motivo pelo qual o povo usava, ora, a designação de Rio do Oeste, ora, Barra das Pombas, como se pode notar em valiosos documentos da época.
Assim, o padre Carlos Zanotelli, ao receber a provisão de vigário em 1931, assinala a Parochia de N. Sra. Auxiliadora de Rio do Oeste – Barra das Pombas.
Ainda no ano de 1940, quando o nome Rio do Oeste já estava bastante difundido, o padre Domingos Fiorina, então vigário da paróquia, assinava atas de reuniões sobre a construção da Igreja de Rio do Oeste – Barra das Pombas.”
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