A inadimplência das famílias catarinenses caiu pela metade entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. O percentual daqueles que possuem contas em atraso passou de 21,4% para 10,7% no período.
Segundo economistas, a queda da inadimplência está ligada a dois fatores. O primeiro é que o auxílio emergencial e a impossibilidade de gastar com lazer ou viagens durante a pandemia fez com que as famílias procurassem quitar os débitos. O segundo é que os consumidores estão relutando para gastar e pagando mais à vista.
Mais de um terço (40,9%) das famílias diz que não terá condições de pagar as contas em atraso. Outros 32% diz que só conseguirá pagar parte delas. Isso significa 4,4% e 3,5% do total de consumidores, respectivamente.
Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio/SC).
Endividamento
Do total de famílias, 6,5% dizem que estão muito endividadas. Em janeiro de 2020, esse índice era de 10,6%. Também caiu o percentual dos ‘mais ou menos’ endividados (22,5% para 21,6% em 12 meses) e os pouco endividados (20,6% para 14,3%).
As maiores dívidas são do cartão de crédito (72,4%), carnês (39,2%), financiamento de carro (36%), e financiamento de casa (21,1%). O tempo médio de comprometimento com a dívida é de 9,7 meses.
Em relação a participação da dívida na renda das famílias, 11,2% afirmam que as contas superam mais da metade dos ganhos. Outra parcela (9,3%) afirma que não chega a 10% da renda. A maioria está na faixa de 11% a 50% da renda comprometida com dívidas. Neste quesito, estão 68,2% das famílias.