Rui Car
06/05/2024 20h25

”Febre do maruim”: mais uma cidade da região registra caso da Oropouche

Cidade do Vale do Itajaí é a mais nova cidade a confirmar casos da Febre do Oropouche, causada pelo maruim e outros mosquitos

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Divulgação / PMSJ

Foto: Divulgação / PMSJ

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Brusque é a mais nova cidade de Santa Catarina a registrar casos confirmados da febre do Oropouche. A doença é causada por um arbovírus e a transmissão é feita principalmente por mosquitos, sendo o principal o maruim.

 

No último sábado (04), a secretaria de Saúde de Brusque confirmou quatro casos da doença. Ao todo, em Santa Catarina, estão confirmados além de Brusque, Botuverá, com cinco casos e Luiz Alves, com um caso, totalizando 10 casos no Estado.

 

Em Brusque os casos confirmados são de moradores dos bairros: Limeira, São Pedro, Dom Joaquim e Bateas. Todos os afetados estão bem, seguindo com os procedimentos.

 

Quais os sintomas da febre do maruim

 

Os sintomas da febre do Oropouche, ou do maruim, são muito semelhantes aos da dengue, como dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e diarreias. Ainda não há um tratamento específico para tratar a doença.

 

Em caso de sintomas, o paciente deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para poder dar seguimento aos exames e identificar a doença.

 

Segundo a secretaria do Estado da Saúde, ações complementares nos locais serão desenvolvidas pelas secretarias municipais de Saúde em conjunto com o Estado e o Ministério da Saúde.

 

Como sistematizar as informações dos casos suspeitos e confirmados – deslocamentos, sintomas, quadro clínico, etc- coleta de vetores para levantamento entomológico e encaminhamento de amostras de outros pacientes para testagem pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina, com o objetivo de fortalecer a vigilância da doença.

 

Além do Maruim, outros mosquitos transmitem a Oropouche

 

No dia 27 de março, Luiz Alves decretou situação de emergência devido à proliferação do mosquito, que saiu da área rural, onde comumente é encontrado, e se expandiu para a área urbana.

 

Por meio de uma nota oficial publicada nas redes sociais, a Prefeitura Municipal informou que a secretaria de Saúde da cidade recebeu a confirmação da doença feita pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), o qual analisou uma amostra de um paciente luizalvense, sendo constatado a Febre do Oropouche.

 

transmissão da doença não ocorre pela picada do Aedes aegypti (o da dengue) e sim de outros mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim.

 

Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Se uma pessoa saudável receber a picada no mosquito infectado, ela pode contrair o vírus.

 

Eles se proliferam principalmente durante períodos de calor em ambientes úmidos, como em áreas próximas a mangues, lagos, brejos e rios.

 

Mas não são restritos a áreas rurais, estando presente em espaços urbanos com disponibilidade de água e matéria orgânica, sobretudo próximo a hortas, jardins e árvores.

 

Além disso, o Culex quinquefasciatus, uma das espécies popularmente chamada de pernilongo, também pode atuar como vetor.

 

Fonte: Grazielle Guimarães / ND+
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