Rui Car
03/02/2023 11h40 - Atualizado em 03/02/2023 11h41

Cientistas “criam” água do mar rosa em praia dos EUA

Visitantes foram "pegos de surpresa" pelo experimento

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"Água rosa" em praia da Califórnia (Foto: Divulgação / Twitter / @Scripps_Ocean / @erikjep)

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Cientistas conseguiram deixar rosa a cor do mar, em um experimento que ocorreu na Praia de San Diego, na Califórnia. Os pesquisadores usaram um corante para estudar como pequenos fluxos de água doce interagem com ondas de água salgada ao redor da foz de um rio. O estudo foi publicado no site da Universidade da Califórnia, em 20 de janeiro.

 

Rios e estuários desempenham um papel importante no transporte de água doce e materiais como sedimentos e contaminantes para o oceano costeiro”, explicou o Scripps Institution of Oceanography, um dos maiores centros de pesquisa de oceanos do mundo, em comunicado. “Mas pouco se sabe sobre como essas plumas de água doce e mais flutuante interagem com o ambiente oceânico costeiro mais denso, mais salgado e frequentemente mais frio, particularmente quando as plumas encontram ondas quebrando”.

 

Os cientistas aconselham os visitantes a não irem ao local, para evitar qualquer “interferência” na pesquisa.

 

 

 

Como os cientistas conduzem o experimento da “água rosa”

 

Para rastrear a trajetória dos pequenos fluxos de água e ter melhor visualização, os pesquisadores utilizaram imagens produzidas por drones, sensores fixados em postes e um jet ski equipado com um fluorômetro, dispositivo que mede a fluorescência ou luz emitida pelo corante. Além disso, também é feita a medição da altura, da salinidade e da temperatura das ondas e das correntes do oceano. Os cientistas vão tingir a água mais duas vezes até fevereiro.

 

Estou animada, porque esta pesquisa não foi feita antes e é um experimento realmente único”, disse a oceanógrafa Sarah Giddings, líder da pesquisa. “Estamos reunindo muitas pessoas diferentes com conhecimentos distintos, de modo que acho que teremos resultados e impactos realmente excelentes. Combinaremos os resultados desse experimento com um estudo de campo mais antigo e modelos de computador que nos permitirão progredir na compreensão de como essas plumas se espalham”.

 

Fonte: Revista Oeste
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