Rui Car
02/02/2023 13h51 - Atualizado em 02/02/2023 15h52

“Cometa verde” passa pelo céu de Taió; saiba mais

Confira data, horário e como observar de outros pontos do estado

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Fotos: Rádio Educadora 90,3 FM

Fotos: Rádio Educadora 90,3 FM

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Após 50 anos, o cometa ZTF (C/2022 E3) volta a passar pela órbita terrestre e está visível no Brasil desde esta quarta-feira (1º). O corpo celeste, chamado de cometa verde, deve permanecer localizável no céu até o dia 10 de fevereiro.

 

passagem do ‘cometa verde’ será possível transmitida pelo canal ‘The Virtual Telescope Project’, no YouTube, às 1h de quinta-feira (2). Também será possível acompanhar a passagem do cometa por uma live no canal do ON (Observatório Nacional), às 19h do dia 11 de fevereiro. Nela, serão transmitidas imagens registradas por astrônomos tanto amadores quanto profissionais.

 

Em Taió, ele foi visto durante a noite desta quarta-feira (1°) e fotografado pela Rádio Educadora.

 

Pode ser uma imagem de árvore, natureza, crepúsculo e nuvem

 

Como observar o cometa em SC

 

O ND+conversou com o astrofísico, Alexandre Zabot, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) no último mês de janeiro, que explicou as maneiras de observar o ZTF.

 

Ele fica o tempo todo em órbita do Sol e, a partir de fevereiro, se aproxima mais da Terra, favorecendo a visualização, pois nos parece mais brilhante, ele ainda está muito no hemisfério norte, mas se deslocando para o hemisfério sul”, disse.

 

Zabot explica que “em geral, o cometa é visível só com binóculos. A grande maioria dos cometas não é visível a olho nu, porém, ainda não há certeza em relação a esse caso”.

 

Questionado se mesmo em um local sem a incidência da iluminação das grandes cidades será possível observar a olho nu, o astrofísico explicou que “mesmo contando com um céu bem escuro, a observação está além da nossa capacidade visual”.

 

O brilho dos cometas é o resultado da interação do gás desse corpo celeste com o sol. O gelo é evaporado e se houver uma grande liberação de gás nessa evaporação, pode ter um brilho maior e acabar sendo visível.  Mas isso depende da dinâmica do aquecimento do material, algo bem difícil de prever. Se tivermos sorte, o cometa pode acabar ficando muito brilhante, mas não é o usual”, explicou Zabot.

 

Foto: NASA / Reprodução

 

Fonte: ND+ / Rádio Educadora 90,3 FM
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