Um corpo contendo marcas de pregos foi desenterrado por arqueólogos da empresa inglesa Albion Archaeology, no leste da Inglaterra. O esqueleto, chamado de “4926” pelos pesquisadores, era de um homem com idade entre 25 e 35 anos, que pode ter sido uma das primeiras vítimas das crucificações que ocorriam no norte da Europa, há 1.900 anos.
A descoberta foi feita em Fenstanton, uma vila na freguesia de Cambridgeshire, durante a escavação de um assentamento à beira de uma estrada, que liga as cidades romanas de Cambridge e Godmanchester, na via Devana.
De acordo com os pesquisadores, ao menos 48 indivíduos foram desenterrados de cinco pequenos cemitérios e de locais isolados na região. Entre os esqueletos, cinco eram de crianças. No corpo do indivíduo “4926”, cerca de 12 pregos foram encontrados ao redor do esqueleto.
Entre os pregos havia um junto à cabeça, um próximo aos pés, cinco formando uma linha na parte superior da tumba, quatro curvando uma linha no lado inferior dela, e outro que atravessava o tornozelo do homem.
Além disso, as pernas do indivíduo tinham sinais de afinamento, que podem ter sido causados por infecção, inflamação ou irritação. Em um comunicado à imprensa, os arqueólogos explicaram que o prego não parece ter sido cravado por acidente no crânio após a morte do indivíduo.
“Parece implausível que o prego possa ter sido acidentalmente cravado no osso durante a construção do suporte de madeira no qual o corpo foi colocado — na verdade, há até sinais de um segundo orifício raso que sugere uma primeira tentativa malsucedida de perfurar o osso”.
“Embora isso não possa ser tomado como prova incontestável de que o homem foi crucificado, parece a única explicação plausível — tornando-se no máximo o quarto exemplo já registrado em todo o mundo por meio de evidências arqueológicas”, finalizaram.
Todos os resultados completos da escavação serão publicados no próximo ano.
Fonte: ND+