Rui Car
16/12/2021 10h13

Esqueleto com prego cravado nos ossos pode ser primeiro homem crucificado na Europa

Esqueleto foi encontrado pelos arqueólogos durante escavação; escavadores acreditam que corpo foi inserido na tumba há pelo menos 1.900 anos

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Prego cravado em esqueleto indica crucificação (Foto: Albion Archaeology / Divulgação)

Prego cravado em esqueleto indica crucificação (Foto: Albion Archaeology / Divulgação)

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Um corpo contendo marcas de pregos foi desenterrado por arqueólogos da empresa inglesa Albion Archaeology, no leste da Inglaterra. O esqueleto, chamado de “4926” pelos pesquisadores, era de um homem com idade entre 25 e 35 anos, que pode ter sido uma das primeiras vítimas das crucificações que ocorriam no norte da Europa, há 1.900 anos.

 

A descoberta foi feita em Fenstanton, uma vila na freguesia de Cambridgeshire, durante a escavação de um assentamento à beira de uma estrada, que liga as cidades romanas de Cambridge e Godmanchester, na via Devana.

 

De acordo com os pesquisadores, ao menos 48 indivíduos foram desenterrados de cinco pequenos cemitérios e de locais isolados na região. Entre os esqueletos, cinco eram de crianças. No corpo do indivíduo “4926”, cerca de 12 pregos foram encontrados ao redor do esqueleto.

 

Esqueleto do homem desenterrado – Foto: Albion Archaeology/Divulgação/ND

Esqueleto do homem desenterrado (Foto: Albion Archaeology / Divulgação)

Entre os pregos havia um junto à cabeça, um próximo aos pés, cinco formando uma linha na parte superior da tumba, quatro curvando uma linha no lado inferior dela, e outro que atravessava o tornozelo do homem.

 

Além disso, as pernas do indivíduo tinham sinais de afinamento, que podem ter sido causados por infecção, inflamação ou irritação. Em um comunicado à imprensa, os arqueólogos explicaram que o prego não parece ter sido cravado por acidente no crânio após a morte do indivíduo.

 

“Parece implausível que o prego possa ter sido acidentalmente cravado no osso durante a construção do suporte de madeira no qual o corpo foi colocado — na verdade, há até sinais de um segundo orifício raso que sugere uma primeira tentativa malsucedida de perfurar o osso”.

 

Embora isso não possa ser tomado como prova incontestável de que o homem foi crucificado, parece a única explicação plausível — tornando-se no máximo o quarto exemplo já registrado em todo o mundo por meio de evidências arqueológicas”, finalizaram.

 

Todos os resultados completos da escavação serão publicados no próximo ano.

Fonte: ND+
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