A noite deste domingo (15) foi diferente no céu, quem ficou acordado a partir das 22h30 pôde admirar o eclipse “Lua de Sangue”, em Brusque no Vale do Itajaí, os admiradores tiveram uma ajuda extra.
O Observatório Astronômico da cidade abriu as portas para que os visitantes pudessem admirar em detalhes o fenômeno que ocorre duas semanas após o eclipse parcial do sol.
Yago Gomes, publicitário, ficou acordado madrugada adentro para assistir e fotografar o eclipse lunar. “Começou umas 22h30 e por volta das 1h ela ficou bem vermelha e, pelo menos aqui em Brusque, quando ela estava deixando de ficar vermelha, o tempo fechou, ai não vi mais nada”, conta.
Yago também observou o céu que estava super estrelado. “Quando é noite de lua cheia a lua brilha muito e ofusca os brilhos das estrelas, então não dá pra ver um céu tão estrelado quanto numa noite de lua nova, mas quando a lua ficou vermelha o brilho dela diminuiu muito e deu para ver que as estrelas apareceram bem mais”, explica.
O coordenador do Observatório de Astronomia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Rodolfo Langhi, diz que um eclipse lunar ocorre quando a Lua entra na sombra da Terra e deixa de receber parte da luz do Sol.
“Atrás da Terra tem um cone de sombra e então, de vez em quando, a Lua cheia passa pela sombra, atravessa esse cone no espaço, e acontece um eclipse lunar”, explica. “Pode ser que, às vezes, o satélite só passe raspando ou parcialmente passe pela sombra da terra, então nós temos um eclipse lunar parcial”.
Assim, para que haja um eclipse lunar total, é necessário que a Lua inteira mergulhe na sombra da Terra.
“Lua de Sangue”
O satélite natural da Terra não ficará totalmente escuro durante o eclipse deste fim de semana. Langhi conta que quando a luz do Sol bate na Terra, a maior parte da luz é bloqueada, por isso que uma sombra atrás do planeta é formada. Porém, a atmosfera, que é uma camada fina de gases na superfície do planeta, permite a passagem de parte da luz.
“Os gases da atmosfera desviam a luz do Sol para dentro do cone de sombra, então existe um pouquinho de luz solar entrando e, por isso, o eclipse não deixa a Lua ficar totalmente escura, ela fica avermelhada”, explica o astrônomo.
Fonte: Grazielle Guimarães / ND+