A música “Simplicidade“, do artista catarinense Luiz Vicentini, bombou no Instagram com 86 milhões de visualizações em postagens. A canção se tornou trilha sonora de mais de 17 mil vídeos rápidos da rede social, conhecidos como Reels.
A obra é composta e interpretada por ele, com letra em parceria com Valdir Cechinel Filho.
“Nos surpreendemos, Valdir e eu, quando soubemos, há poucos dias, que a música Simplicidade vem sendo postada mais de 150 vezes por dia no Reels do Instagram, aparecendo em mais de 17 mil postagens de vídeos usando a música, com média de 5 mil visualizações em cada postagem; somando 86 milhões de visualizações”, celebra Vicentini.
“Considerando que não fizemos nenhum tipo de impulsionamento pago, vemos isso como uma possível viralização da canção, o que nos deixa muito felizes”, afirma o artista.
A música “Simplicidade” está no álbum “Os Passos do Poeta”, lançado em 2019, com participação especial do cantor e compositor Renato Teixeira.
A canção também está no álbum “Eu Nunca Chegarei Só”, de Valdir Cechinel Filho & Amigos, lançado em 2021.
“A música fala sobre as coisas singelas da vida como andar descalço, colher fruta do pé, cheiro de mato, água cristalina, fogão a lenha e a beleza da lua cheia. A paz que a natureza proporciona foi a inspiração para essa composição e ver nosso trabalho alcançando tantos corações nos deixa imensamente honrados”, destaca o parceiro de Luiz, Valdir Cechinel Filho.
O Reels do Instagram é um dos recursos mais populares da rede social. Lançada em 2020, a função permite aos usuários gravar e editar vídeos curtos para os Stories do aplicativo.
Os desafios de trabalhar com música em SC
O baterista Douglas Luiz Peres vê a falta de acessibilidade financeira aos instrumentos como um dos maiores empecilhos. Doug LP, como se chama artisticamente, é formando em Música pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e trabalha com aulas de bateria online e presencialmente em Florianópolis.
Além dos valores elevados dos instrumentos, que são na maioria das vezes importados, o artista cita os altos preços de aulas como um impedimento para que a música chegue a mais e mais pessoas.
Na contramão, Doug acredita que os músicos precisam mesmo ser valorizados e ser remunerados levando em consideração o impacto do trabalho que realizam.
“Eu toco bateria há mais de dez anos. Se eu dedicasse esse mesmo tempo a uma graduação qualquer poderia ser até um pós-doutor, mas nesse ramo não existe essa valorização. Com a música dá para ganhar dinheiro, mas não é equivalente à importância do nosso trabalho.”
Fonte: ND+