Foto: Rafael Xavier / Avaí
Prestes a completar 100 anos de história o Campeonato Catarinense vai dando algumas mostras de que, talvez, não cative tanto quanto outros tempos.
O maior termômetro pode ser constatado no público do estadual: a 3ª rodada, finalizada neste domingo (22), terminou com uma média de 2,5 mil torcedores por jogo. Concórdia e Barra, que se enfrentaram no Oeste de Santa Catarina, foi presenciado por 460 almas.
A média da 3ª rodada ainda foi superior a anterior que contabilizou cerca de 1,8 mil torcedores por cada jogo.
O jogo que puxou a média aconteceu em Chapecó onde Chapecoense e Criciúma empataram em 1 a 1, dentro de campo, e contemplaram os presentes com um duelo cheio de emoções. Foi o melhor jogo da competição, até agora.
Figueirense e JEC, dois dos maiores e mais vencedores clubes de Santa Catarina, foram acompanhados por ‘apenas’ 3,8 mil presentes.
A expectativa fica por conta dessa semana que prevê a 4ª rodada para os dias 25 e 26. Depois disso, em função de uma polêmica decisão da FCF (Federação Catarinense de Futebol), os jogos retornam apenas em fevereiro, nos dias 4 a 5.
Torcedores inconformados
Em meio ao debate sobre a melhor fórmula, a melhor época e até uma alteração de regras, o que parece estar consolidada é a insatisfação do torcedor perante a entidade máxima do futebol em Santa Catarina.
O adiamento de toda a rodada cinco, prevista para o próximo final de semana, jogou luz numa situação que mostra federação, clubes e torcida em total descompasso.
A FCF, por meio de nota, informou na última semana o adiamento de toda a rodada número cinco, depois de um “pedido” da emissora responsável pela competição, que prevê a transmissão da Supercopa do Brasil, envolvendo Flamengo e Palmeiras.
Os clubes, em postura submissa, pouco ou nada se manifestaram diante da situação. Os torcedores, por outro lado, não ficaram satisfeitos com a mudança, sobretudo, em Florianópolis.
Com clássico previsto para o próximo final de semana – e consequentemente adiado – ficou um sentimento, entre alguns torcedores, de “provincianismo”. Esse foi o termo usado pelo colunista do ND, Fábio Machado, que externou exatamente o sentimento do torcedor.
“Eu acho que os nossos clubes são muito grandes para ficar se pautando por outros, de fora”, comentou André Oliveira, 33, torcedor do Figueirense.
Bruno Machado, que torce pelo Avaí, seguiu na mesma linha e lembrou que parece um retrocesso do futebol local ao “se abaixar” para clubes do eixo Rio-São Paulo.
Público da 3ª rodada
Em seis jogos ao longo do final de semana, tivemos um total de 14.439 torcedores, rendendo uma média de 2,5 mil presentes. Confira como foram os jogos e seus públicos:
Figueirense 1 a 1 JEC – 3.823 torcedores
Marcílio Dias 1 a 2 Avaí – 2.192 torcedores
Concórdia 0 a 0 Barra – 460 torcedores
Chapecoense 1 a 1 Criciúma – 5.453 torcedores
Brusque 2 a 1 Hercílio Luz – 1.423 torcedores
Camboriú 1 a 0 Atlético Catarinense – 1.088 torcedores
Fonte: Diogo de Souza / ND+
