Rui Car
17/06/2022 14h29

CPI da Chape ouvirá representantes da Tokio Marine e AON na próxima semana

Reunião semipresencial está marcada para acontecer na tarde de quarta-feira (22)

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Pedro França / Agência Senado

Foto: Pedro França / Agência Senado

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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que acompanha a situação das vítimas e familiares do acidente da Chapecoense deve se reunir na tarde de quarta-feira (22). O objetivo da reunião semipresencial será ouvir os depoimentos do CEO da seguradora Tokio Marine Klin, Brad Irick, e do corretor da seguradora AON da Inglaterra, Simon Kaye.

 

A AON será representada pela primeira vez na Comissão. O corretor Simon Kaye foi convocado em requerimento pelos senadores Jorge Kajuru (Podemos-GO), Esperidião Amim (PP-SC) e Leila Barros (PDT-DF).

 

No documento, os parlamentares apontam os e-mails trocados entre o corretor e Loredana Albacete, proprietária da LaMia, a extinta companhia aérea da Bolívia que teve sua autorização de operação suspensa, e o certificado de explorador de serviços aéreos cassado, em decorrência desse acidente. O conteúdo das mensagens, às quais a CPI teve acesso, tratava sobre a redução de US$ 300 milhões para US$ 25 milhões das apólices pagas em caso de acidentes aéreos.

 

A Tokio Marine já foi ouvida outras vezes pela comissão, como em fevereiro deste ano, quando o presidente da seguradora no Brasil, José Adalberto Ferrara, depôs defendendo que a representante brasileira não teve ligação com o contrato assinado entre a LaMia e a Tokio Marine Britânica.

 

O acidente aéreo com o avião da empresa boliviana LaMia, no ano de 2016, foi responsável pela morte de 71 pessoas, entre jogadores, dirigentes e funcionários da Chapecoense. Além de jornalistas e da tripulação. Apenas seis pessoas sobreviveram ao acidente, que foi causado pela queda da aeronave devido à falta de combustível.

 

A CPI foi instaurada em dezembro de 2019 e é responsável por investigar, entre outros fatores, os motivos pelos quais familiares das vítimas ainda não receberam indenizações. Ambas as empresas estão relacionadas com o contrato de seguros fechado com a LaMia, porém apenas representantes da Tokio Marine foram ouvidos até então.

 

Com informações do Senado Federal. 

 
Fonte: ND+
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