Foto: Drika Evarini / ND
Menos de 24 horas após a Procuradoria de Justiça Desportiva de Santa Catarina pedir o arquivamento do caso Hercílio Luz, a diretoria do JEC já garantiu que pedirá reconsideração do parecer publicado no fim da tarde de quarta-feira (15).
O registro inativo de quatro jogadores que atuaram, de maneira diversa, em sete rodadas do Campeonato Catarinense, veio à tona após a rodada que encerrou a primeira fase do campeonato.
A situação teria ocorrido porque o time do Sul do Estado realizou a migração de clube associativo para SAF e, neste processo, houve erro no sistema que não integrou corretamente os contratos dos jogadores Matheus Aurélio, Jonathan Cabeça, Cleiton e Rafael Ramos de Lima e, com isso, eles atuaram sem que o registro estivesse ativo no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). No parecer, o procurador cita o jogador Matheus Oliveira de Souza e não fala de Rafael.
É o BID que “rege” a situação de jogo dos atletas e, de acordo com o Regulamento Geral de Competições, é de responsabilidade dos clubes monitorar a situação regular ou não dos jogadores.
O Hercílio Luz afirmou que entregou toda a documentação e que a falha ocorreu no sistema, admitindo que nem todos os contratos tiveram a migração concluída. “(…) entretanto, por uma falha de sistema ao efetivar a migração dos contratos do Hercílio Luz FC para Hercílio Luz SAF, foram migrados apenas os contratos originários, sem considerar todos os aditivos de prorrogação”, diz a nota oficial do clube.
A mudança foi realizada no sistema da CBF após a exposição do caso, mas o parecer assinado pelo procurador Cristiano Rodrigues Mariot afirma que “restou claro não haver irregularidade a ser apurada no presente caso, pois, segundo os documentos apresentados, a inscrição formal dos atletas foi exitosa”.
O JEC, um dos clubes que seria diretamente afetado pela possível sanção ao Hercílio Luz, já havia se manifestado durante a tarde afirmando que “vai até o fim para que seja feita a justiça”. O presidente do clube, Darthanhan Oliveira, ressaltou na manhã desta quinta-feira (16), que o clube pedirá a reconsideração do parecer.
“Eu lamento a decisão, mas não me surpreende. Eu já esperava, mas lamento porque está escancarado um erro grave que pode abrir uma jurisprudência grave. Independentemente de quem errou, os atletas não tinham registro no BID e não poderiam jogar”, ressalta.
O clube pedira a reconsideração ainda durante a manhã com documentos e imagens que apontam o erro de registro.
Fonte: Drika Evarini / ND+
