RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP
CLIQUE AQUI
O ano terminou em outubro, muito antes e sem nada do que o JEC projetava para a temporada. De um time que começou o ano com duas conquistas, para um clube que termina 2021 na lanterna da Copa Santa Catarina e sem uma divisão nacional para disputar no próximo ano, o Tricolor tem muito para reformular, de elenco a orçamento.
Após o empate contra o Criciúma, o diretor de futebol Leo Roesler e o presidente Charles Fischer falaram sobre a situação do time, avaliaram e assumiram erros no ano e projetaram o planejamento para 2022, quando o JEC terá, apenas o Campeonato Catarinense e a Copa Santa Catarina em seu calendário.
E o orçamento é modesto, bem modesto. O clube deve gastar, no máximo, R$ 120 mil por mês, incluindo salários, direitos de imagem, auxílio moradia, tudo. “Vamos ter que trabalhar com o que temos. Hoje trabalhamos com uma expectativa de receita de, no máximo R$ 120 mil, estourando. Em novembro, a nossa folha cai mais de 50%. Temos que construir para chegar no encaixe necessário para entrar no orçamento. Vamos trabalhar em uma questão realista”, afirmou o presidente. “Vamos trabalhar religiosamente dentro do orçamento”, completou.
Antes mesmo do ano terminar, o clube precisou lidar com o declínio da patrocinadora master. A Red Horse comunicou a diretoria que não patrocinará o clube no ano que vem. Enquanto a empresa de bebidas deixa o clube, a expectativa, disse Charles, é de cerca de quatro a cinco novos patrocinadores, que estão em negociação. Além disso, o presidente informou que o JEC negocia a exploração da venda de bebidas e do estacionamento da Arena Joinville para os jogos do ano que vem.
Com pouca receita e, mais uma vez, tendo a obrigação de fazer um bom Campeonato Catarinense para, ao menos, garantir vaga na Série D de 2023, o desafio é gigante.
“Sabemos que ano que vem precisamos trabalhar de forma enxuta e construir um elenco extremamente competitivo”, salientou.
Jogadores começam a sair
O primeiro jogador a comunicar sua saída após o término da temporada tricolor o fez ainda no vestiário após o jogo da noite de quarta-feira (27). O zagueiro Fernando é o primeiro a puxar uma fila que deve ser longa. Ele tinha contrato com o clube até o fim de novembro, mas já anunciou sua decisão de deixar o Tricolor.
Assim como ele, outros jogadores possuem contrato apenas até o dia 30 de novembro e também devem sair do time. No entanto, a diretoria não quis adiantar os nomes em respeito aos profissionais.
Enquanto os jogadores saem, a busca pelo técnico continua e deve terminar em breve. O diretor de futebol Leo Roesler já havia adiantado que o perfil continua o mesmo e que já havia iniciado conversas com candidatos. “Se fosse colocar um prazo, eu colocaria o meio da próxima semana porque já temos conversas adiantadas”, garantiu.
O novo técnico terá uma difícil missão pela frente. Além da pressão do resultado, terá que auxiliar na montagem de um elenco que deve começar com poucas peças remanescentes e com um orçamento limitado.
Fonte: Drika Evarini / ND+