O presidente do Clube Atlético Metropolitano, de Blumenau, Valdair Matias, fez graves acusações em uma entrevista concedida ao repórter Marciano Regis, da Rádio Blu, onde revelou a possibilidade de “jogadores comprados” dentro do clube.
Valdair referia-se à temporada de 2022 onde o Metropolitano, em disputa da Série B do Catarinense, foi eliminado nas quartas de final e ficou sem uma vaga para a Série A de 2023, conquistada por Criciúma e Atlético Catarinense, respectivamente.
“A gente descobriu que houve compra de jogadores para fazer corpo mole”, frisou.
Sem dar maiores detalhes na entrevista concedida no programa Bola na Mesa, o presidente do clube chegou a mencionar quatro jogadores que teriam feito corpo mole na segunda partida das quartas de final, em Ibirama – onde o clube mandou seus jogos, derrota para o CAC por 2 a 0 e consequente eliminação da competição.
No vídeo repercutido pelo jornalista Rodrigo Santos, em corte feito pelo perfil Metronauense, Valdair fala de uma “informação” de que os jogadores estavam comprados para a partida.
O confronto teve o primeiro jogo em Palhoça, vitória do Metrô por 2 a 1. Na partida de volta, em atuação descrita como “muito abaixo”, o time de Blumenau foi derrotado por 2 a 0 e acabou eliminado, dentro de “casa”, pelo time de São José que, depois disso, passou pelo Inter de Lages e configurou seu acesso.
“A gente descobriu que houve compra de jogadores para fazer corpo mole, isso foi confirmado, quatro jogadores, isso para mim faltou um pouco de visão da comissão técnica”, revelou o mandatário do Metrô. A súmula da partida entre Metropolitano e Atlético Catarinense pode ser conferida aqui.
O Metropolitano terminou com a 3ª colocação na primeira fase onde fez cinco vitórias em nove jogos. Apesar da vantagem de ter terminado a frente do seu adversário, acabou eliminado na etapa quartas de final.
Outro detalhe é que no encontro entre Metropolitano e Atlético Catarinense, em Ibirama, vitória da Águia Josefense pelo placar de 3 a 1.
Confira o trecho da entrevista:
Isso é grave: presidente do @cametropolitano diz em entrevista ao amigo @Marciano_Regis que quatro jogadores do seu time teriam sido "comprados" nas quartas de final da segunda divisão de SC do ano passado: pic.twitter.com/BYHBCl0jwP
— Rodrigo Santos (@rodrigoblog) March 1, 2023
A reportagem do Arena ND+entrou em contato com o presidente Valdair para pegar mais detalhes da declaração. Valdair admitiu a possibilidade, mas revelou que por não haver provas, o caso não seria entregue ao Ministério Público.
Valdair, apesar de ter falado em informação na entrevista a Rádio Blu, explicou que a possibilidade de jogadores “vendidos” teria sido ventilada pela própria torcida do Metropolitano depois de uma atuação a baixo da crítica.
“Vencemos lá em Guarani [referindo-se ao estádio Renato Silveira, do Guarani de Palhoça, onde o Atlético Catarinense mandava seus jogos], aí chegamos aqui e o time jogou muito a baixo do normal”, explicou Valdair.
Apesar de ter afirmado com certa convicção na entrevista, o presidente admitiu que não tem provas e que isso faz parte do passado. O Metropolitano está confirmado na Série B do Catarinense 2023 que tem data prevista para dia 28 de maio, em rodada onde o time estreia “folgando”.
Com nove clubes inscritos, a competição terá um time folgando por rodada até o final. Dos nove oito classificam e um cai para a Série C, onde se junta ao Próspera que optou por não participar e caiu diretamente para a terceira divisão de Santa Catarina.
Questionado, ainda, sobre como se blindar para essa eventual situação, o presidente ficou até sem resposta. “Olha, meu jovem, todos os clubes estão sujeitos a isso aí”, resumiu.
Espaço aberto
O presidente Valdair Matias citou a LA Sports, principal patrocinadora do clube e que firmou parceria para 2023, como fonte da suposta informação de jogadores comprados.
Mencionou também a comissão técnica, liderada por Rodrigo Rozatti, de não ter “visto” a situação internamente.
O espaço, dessa forma, estará aberto para eventual manifestação.
Fonte: Diogo de Souza / ND+