Rui Car
17/11/2021 11h30

Taioense está entre os 10 maiores artilheiros da história do Brusque

Thiago Alagoano está na ponta do ranking desde o início desta temporada

Assistência Familiar Alto Vale
Tony, camisa 19, marcou seu nono gol Foto: Marcio Costódio / O Município

Tony, camisa 19, marcou seu nono gol Foto: Marcio Costódio / O Município

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O gol da vitória do Brusque sobre o CRB foi o 50º de Thiago Alagoano com a camisa quadricolor, em uma marca jamais alcançada por um jogador em partidas oficiais. O Reizinho é o maior artilheiro da história do clube de forma isolada, com 10 gols de vantagem para o segundo colocado.

 

Em levantamento feito pela reportagem cruzando dados de arquivos particulares e jornais, Thiago Alagoano estendeu sua majestade à artilharia do Brusque muitos meses antes. De acordo com esta pesquisa, foi em seu 38º gol, marcado na primeira rodada do Catarinense, em 24 de fevereiro, na vitória por 1 a 0 sobre o Marcílio Dias, que o Reizinho ultrapassou o atacante Neilor e passou a ser o maior artilheiro da história do clube.

 

Thiago Alagoano foi anunciado no Brusque em 23 de abril de 2019, para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. Começou ganhando seu espaço saindo do banco, marcando gols importantes na fase de grupos. Com oito gols, foi o vice-artilheiro da competição, ao lado de Hamilton, do Manaus, e atrás apenas de Júnior Pirambu, com 10. Foi do Reizinho o gol que deixou o placar em 2 a 2 na finalíssima da Série D, na Arena da Amazônia, levando o confronto aos pênaltis.

 

Ao fim de seu contrato, acabou deixando o clube, no que acabou sendo um curto hiato. Voltou já em setembro de 2019, reestreando na Copa Santa Catarina. Foi artilheiro da Série C de 2020, sempre figurando entre os principais goleadores da equipe em cada competição. Foi o artilheiro nas temporadas de 2019 e 2020.

 

Hoje, Thiago Alagoano acumula 123 jogos pelo Brusque, com 50 gols marcados. Acumula os títulos da Série D e da Copa Santa Catarina de 2019 além da Recopa Catarinense de 2020. Tem no currículo os acessos às Séries C e B, e foi artilheiro da Série C em 2020, com 12 gols.

 

O Reizinho é o maior artilheiro do Brusque nas divisões do Campeonato Brasileiro (27 gols) e também em competições nacionais (30).

 

Reizinho saúda a torcida após seu 50º gol (Foto: Lucas Gabriel Cardoso / Brusque FC)

Veja abaixo quem completa a lista dos maiores artilheiros da história do Brusque:

 

Neilor em 1996, durante sua última passagem pelo clube como jogador (Foto: Arquivo / O Município)

2º – Neilor (37 gols)

 

É o maior artilheiro do Brusque em Copas Santa Catarina, com 19 gols. Esteve nos primeiros anos da história do clube, com uma passagem final em 1996. Em jogos oficiais, tem 37 gols no total. Foi campeão da Copa SC e do Catarinense em 1992.


Edu é um dos jogadores favoritos do torcedor (Foto: Lucas Gabriel Cardoso / Brusque FC)

2º – Edu (37 gols)

 

Assim como Neilor, o Imperador tem 37 gols pelo Brusque. São oito em sua primeira passagem, somando Copa SC e Catarinense. Tem o título da Recopa Catarinense pelo quadricolor, e é um dos jogadores mais identificados com o clube na história recente. Soma 60 jogos, com uma impressionante média de 0,62 gol por partida.


Macedo em sua última passagem pelo clube, na Divisão Especial de 2006 (Foto: Ricardo Ranguetti / Arquivo / O Município)

4º – Macedo (34 gols)

 

Tem 34 gols pelo Brusque, sendo 22 na Série B1 (atual C) do Catarinense de 2004. Marcou outros 10 na segundona estadual de 1997, da qual foi campeão, e outros dois em 2006, na Divisão Especial (atual B). É um dos personagens mais marcantes da história do clube.


Giovane em 2009 (Foto: Arquivo / O Município)

4º – Giovane (34 gols)

 

O taioense está empatado no quarto lugar, ao lado de Macedo, com 34 gols. Acumula gols nas três divisões do Campeonato Catarinense e na Copa SC. Ao lado de Lima e Rafael Bitencourt, é o recordista com maior quantidade de gols em uma única partida. Fez quatro na goleada por 4 a 1 sobre o Metropolitano, em 28 de outubro de 2009, pela Copa SC. Tem passagens pelo clube em 2002, 2004, 2005, 2006 e 2009. Passou a segunda parte da carreira em Hong Kong.


Bitencourt em 2009 (Foto: Rafael Voitina / Arquivo / O Município)

6º – Rafael Bitencourt (29 gols)

 

Um dos grandes expoentes do clube no fim dos anos 2000. Dos seus 29 gols, marcou 15 na segundona catarinense de 2008. Era dono de um chute potente e era uma das lideranças técnicas daquele elenco. Jogou também a Série D de 2009 e teve uma outra passagem em 2014. Foi campeão da Série B estadual, da Copa SC e da Recopa Sul-Brasileira em 2008.


Palmito com o manto clássico da conquista de 1992 (Foto: Edemar Luiz Aléssio / Arquivo pessoal)

7º – Palmito (28 gols)

 

O lendário volante Palmito foi o artilheiro quadricolor na campanha do título catarinense de 1992, com 13 gols. Multicampeão estadual, encerrou a carreira marcando quatro gols na segundona de 1994. É o maior artilheiro do Brusque no Campeonato Catarinense ao lado de Betinho, com 16 gols. Ao todo, foram 28 pelo Marreco. Teve uma primeira passagem em 1990, retornando em 1992.


Eydison comemora um de seus gols na final da Série B estadual de 2015, contra o Camboriú (Foto: Marcio Costódio / Arquivo / O Município)

8º – Eydison (27 gols)

 

Personagem importantíssimo nas duas últimas edições de Série B de Catarinense disputadas pelo Brusque: 2013 e 2015, sendo campeão na mais recente. O atacante tem 27 gols pelo quadricolor, sendo 22 pela segundona.


Em 26 de abril de 2010, Rafael Xavier foi apresentado em sua segunda passagem pelo Brusque (Foto: Elton Souza / Arquivo / O Município)

9º – Rafael Xavier (21 gols)

 

Contemporâneo de Rafael Bitencourt, o atacante foi artilheiro do quadricolor na campanha do título da Copa SC em 2010, com 11 gols. Foi campeão da Copa SC em 2008 e 2010, e também foi campeão da segunda divisão estadual em 2008. Voltou em 2016 e marcou duas vezes pela Série D. São 21 gols marcados pelo Brusque no total.


9º – Betinho (21 gols)

 

Norberto Knihs, o Betinho, viveu os primeiros anos do Brusque. Tem 21 gols no total, sendo campeão da Copa SC e do Catarinense em 1992. O ponta jogou também por times como Paysandú, Figueirense e Ferroviário, de Tubarão. Sua última passagem pelo Brusque foi em 1993.


Fontes: arquivo Márcio Rubens Müller; arquivo Adalberto Klüser; O Município; Diário Catarinense; A Notícia; jornais consultados nos acervos da Casa de Brusque e da Biblioteca Pública de Santa Catarina.

Fonte: João Vítor Roberge / O Município
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