Rui Car
06/04/2023 11h51

Tragédia da Chapecoense: audiência será em abril, e famílias pedem indenização de R$ 4,2 bilhões

Familiares das vítimas reivindicam que a Tokio Marine Kiln seja responsabilizada pelo pagamento

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Foto: Agência AFP

Foto: Agência AFP

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Após mais de seis anos da tragédia da Chapecoense, que matou 71 pessoas, é marcada a audiência para responsabilizar a resseguradora Tokio Marine Kiln ao pagamento da idenização estipulada em US$ 844 milhões (R$ 4,2 bilhões).

 

Como a Tokio Marine é a cabeça da apólice de resseguro do voo da LaMia, companhia aérea boliviana, as famílias das vítimas reivindicam que a resseguradora pague a indenização pelo acidente.

 

A audiência está marcada para o dia 20 de abril, no Tribunal de Miami, nos Estados Unidos.

 

Como a LaMia negociou a compra do combustível e o seguro do voo em Miami, o processo foi aberto na justiça da cidade americana. E a ação já havia sido homologada entre LaMia e os familiares, onde gerou a sentença de R$ 4,2 bilhões.

 

Entretanto, as resseguradoras da companhia aérea, onde a Tokio Marine é a cabeça, levaram uma ação à Justiça de Londres para suspender a homologação de Miami. As empresas escolheram a capital da Inglaterra porque entendiam que o foro competente seria o da cidade onde o contrato de resseguro foi assinado, assim como a cidade onde todas as resseguradoras tem sede.

 

No entanto, o juiz da audiência entendeu que a justiça americana é competente para julgar o caso e derrubou a liminar que visava suspender o processo. Com isso, a ação retomou a Miami e, o tribunal de justiça da cidade americana, marcou a audiência para 20 de abril.

 

O acidente

 

Em 29 de novembro de 2016, o avião que levava a delegação da Chapecoense para a partida de ida da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu nas proximidades de Medellín. A aeronave transportava jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas.

 

Em 2018, a Aeronáutica Civil da Colômbia concluiu a investigação e confirmou que o combustível do avião era insuficiente para o voo entre Santa Cruz, na Bolívia, e a Colômbia. O acidente ocorreu por esgotamento de combustível como consequência da falta de gestão de risco apropriada pela LaMia. Sem o combustível, os motores pararam de funcionar, e o avião planou até cair.

 

Fonte: Bruno Atanazio / Globo Esporte SC
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