Rui Car
27/01/2021 10h07

A uma rodada do fim, Figueirense é rebaixado à Série C no ano do centenário

Clube catarinense vai disputar a terceira divisão na temporada que completa 100 anos

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Foto: Patrick Floriani/FFC

Foto: Patrick Floriani/FFC

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O triunfo do Vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP, na noite desta terça-feira (26), em Salvador, decretou a queda do Figueirense à Série C do Campeonato Brasileiro. O Furacão se junta a Paraná, Botafogo-SP e Oeste, outros rebaixados. Apesar de ainda faltar uma rodada para o término da competição, a equipe catarinense não consegue superar a pontuação do Rubro-Negro.

 

O retorno para a Série C ocorre justamente no ano do centenário do clube catarinense, fundado em 12 de junho de 1921.

 

O Figueirense voltará a jogar a terceira divisão depois de 22 anos – a última participação foi em 1999. Na ocasião, o clube passou a disputar a divisão acima pela criação da Copa João Havelange e, desde então, oscilou entre participações nas Séries A e B.

 
Figueirense é rebaixado para a Série C — Foto: Patrick Floriani/FFC

Figueirense é rebaixado para a Série C (Foto: Patrick Floriani/FFC)

 

Dificuldades até o rebaixamento

 

A briga do Figueirense contra a queda não é recente. Nos últimos dois anos, esteve perto do descenso constantemente: foi 12º, em 2017, e 15º, em 2018. Em 2019, a situação não melhorou. O clube ficou marcado pelo W.O. contra o Cuiabá, conviveu com greve dos jogadores por salários atrasados e ainda ficou 18 partidas seguidas sem vencer. A permanência foi confirmada apenas na última rodada.

 

No processo, desde o rebaixamento da Série A para a Série B, em 2016, o Figueira viu os problemas financeiros, políticos e administrativos crescerem. Um acordo com a Elephant S.A para administrar o futebol, em agosto de 2017, agravou a crise e terminou com o rompimento do contrato dois anos depois.

 

Em entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira, o presidente Norton Flores Boppré falou sobre o ano conturbado em 2020 e que foi agravado em razão da pandemia de Covid-19.

 
São R$ 165 milhões de dívida e também com um processo financeiro extremamente frágil e delicado. Não sabíamos após a nossa posse que, exatamente 13 dias depois, teríamos uma pandemia que até hoje persiste. A pandemia aniquilou receitas do clube e de vários setores. A economia ficou fragilizada. O Figueira já vinha em uma situação dramática — Norton Boppré, presidente do Figueirense
 
Torcida está proibida de ir ao estádio por causa da pandemia — Foto: Patrick Floriani/FFC

Torcida está proibida de ir ao estádio por causa da pandemia (Foto: Patrick Floriani/FFC)

 

Dentro de campo

 

O Figueirense começou a Série B com Márcio Coelho no comando, mas o trabalho não durou muito. A irregularidade fez a diretoria demitir o profissional e apostar em Elano. Os bons resultados desejados também não foram conquistados. E, de 12º colocado, o time entrou no Z-4.

 

A chegada de Jorginho deu esperança e fez o Furacão respirar fora da degola, mas a sequência para se distanciar da degola ficou no quase. As derrotas para CRB e Juventude enterraram o time no grupo dos quatro últimos colocados e sem chance de recuperação.

 

Campanha na Série B

 

  • 37 jogos
  • 9 vitórias
  • 12 empates
  • 16 derrotas
  • Gols marcados: 34
  • Gols sofridos: 46

 

Momento para esquecer

 

No dia 5 de setembro, um dia depois da derrota por 1 a 0 para o Paraná, o estádio Orlando Scarpelli foi invadido por cerca de 40 torcedores do Figueirense com identificações da principal torcida organizada do clube durante o treino regenerativo. Jogadores foram agredidos.

 

 

Na sexta-feira (29), às 21h30, no Orlando Scarpelli, o Figueirense se despede da Série B, mas ciente de que para o reencontro acontecer no fim da temporada terá que realizar muitas mudanças. A realidade, a partir de sábado, será a Terceira Divisão.


FONTE: GLOBO ESPORTE SC

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