Rui Car
11/05/2023 15h54

Após ser alvo na Operação Mensageiro, Prefeito de Ibirama pede afastamento do cargo por 90 dias

Adriano Poffo (MDB) está preso preventivamente desde 27 de abril, no Presídio Masculino de Lages

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Foto: Arquivo Pessoal / Redes Sociais

Foto: Arquivo Pessoal / Redes Sociais

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O prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB), pediu afastamento do cargo após ser alvo da 4ª fase da Operação Mensageiro, que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.

 

A informação foi divulgada pelo advogado do prefeito, Bruno Dallabona, nesta quinta-feira (11). “Está pedindo 90 dias de licença sem remuneração, até que se findem as investigações e em respeito ao povo ibiramense”, diz a nota.

 

O comunicado ainda informa que Adriano segue disponível e está colaborando com as investigações. “Lamenta a medida extrema tomada, mas está convicto de sua inocência e sua defesa”.

 

Vice é empossado em Ibirama

 

A Câmara de Vereadores de Ibirama, empossou na tarde do dia 28 de abril, o vice-prefeito do município, Jucélio José de Andrade (MDB).

 

Jucélio foi empossado como prefeito interino pelo Presidente da Câmara Municipal, Fernando Jost. “Quero que todos continuem acreditando em Ibirama, vamos dar a volta por cima”, disse o agora prefeito.

 

Novo secretário

 

Ibirama também anunciou a nomeação de um novo secretário após a prisão relacionadas à 4ª fase da Operação Mensageiro, deflagrada pelo Ministério Público.

 

Em Ibirama, o servidor público Valdur Ricardo Rosenbrock responderá interinamente pela Secretaria de Administração e Finanças de Ibirama, após o ex-secretário municipal de administração de Ibirama, Fábio Fusinato, ser exonerado do cargo. Fábio, também foi preso e está à disposição da Justiça no Presídio Regional de Lages.

 

Operação Mensageiro

 

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) investiga a empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.

 

Segundo o MPSC um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.

 

Esta é a 4ª fase da Operação Mensageiro, que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.

 

As novas ordens judiciais expedidas estão sendo cumpridas nos municípios de Imaruí, Presidente Getúlio, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte, Massaranduba.

 

Os mandados foram requeridos pelo MPSC após a análise dos depoimentos de testemunhas, dos investigados e das provas coletadas nas primeiras fases da Operação.

 

Os prefeitos detidos desta fase são:

 

Prefeito de Massaranduba, Armindo Sesar Tassi (MDB);

Prefeito de Três Barras, Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD);

Prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB);

Prefeito de Imaruí, Patrick Corrêa (Republicanos);

Prefeito de Corupá, Luiz Carlos Tamanini (MDB);

Prefeito de Major Vieira, Adilson Lisczkovski (Patriota);

Prefeito de Bela Vista do Toldo, Alfredo Cezar Dreher (Podemos);

Prefeito de Schroeder, Felipe Voigt (MDB).

 

Fonte: ND+
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