Rui Car
07/03/2023 11h03 - Atualizado em 07/03/2023 11h21

Banco Central inicia testes do Real Digital

Tecnologia vai trazer avanços para o funcionamento do Pix

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Imagem: Reprodução

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O Banco Central (BC) vai iniciar os testes para a criação do real digital, a versão eletrônica da moeda oficial do país. A nova tecnologia trará avanços para o funcionamento do Pix, ferramenta de pagamento instantâneo do órgão. O anuncio foi feito pelo coordenador da iniciativa no BC, Fabio Araujo.

 

A primeira etapa vai avaliar os benefícios oferecidos por uma plataforma de tecnologia com ativos tokenizados —  processo de substituição de um elemento de dados sensível por um equivalente não sensível, conhecido como token. Durante a análise, não haverá a transação de valores reais.

 

Um canal de consulta e debate com a sociedade será criado para avaliar a estratégia utilizada no desenvolvimento do projeto. Existe uma lista de diretrizes, atualizada nesta segunda-feira, para debater as melhorias aplicáveis.

 

Mercado financeiro em cena

 

Participantes do sistema financeiro — como as instituições bancárias —  serão adicionados nos testes, em maio deste ano. O BC vai focar no desenvolvimento de aplicações on-line. Os procedimentos de testes com o mercado serão parecidos com os realizados com o Pix, em 2021, de acordo com Fabio Araujo. Ainda segundo Araujo, a plataforma do real digital será destinada para serviços financeiros em geral, diferentemente do Pix, que é voltado apenas para pagamentos.

 

Três categorias de ativos serão desenvolvidas pelo Banco Central:

 

 – real digital ­– atacado: vai funcionar para o relacionamento interbancário. Será a moeda do Banco Central, que hoje tem como análogas as reservas bancárias e as contas de liquidação;

 

 – real tokenizado – varejo: serão versões tokenizadas do depósito bancário ou do saldo de contas de instituições de pagamento;

 

 – títulos públicos federais: que são ativos do governo federal.

 

Outros nomes já foram dados ao real digital, como govcoin ou CBDC (Central Bank Digital Currency). Segundo a autoridade monetária, a tecnologia permitirá ganho de eficiência, barateio de custos e criação de novos serviços financeiros que, hoje, não são possíveis de ser ofertados. Além do avanço em relação ao Pix.

 

Para essa fase inicial do piloto, não há necessidade de grande investimento em infraestrutura, segundo o Banco Central. O projeto terá seus custos operacionais ao longo de seu desenvolvimento final. Há discussões sobre a implementação de uma moeda como o real digital, que possa ser usada internacionalmente.

 

Fonte: Revista Oeste
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