Rui Car
07/11/2022 11h54

Empresário de Dona Emma pagou aposta de R$ 5 mil a vereador antes de ser assassinado, diz delegado

Vítima era bolsonarista e teria apostado com suspeito do homicídio que Bolsonaro iria se reeleger, conforme a Polícia Civil

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Foto: Redes Sociais / Divulgação

Foto: Redes Sociais / Divulgação

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O empresário Luciano Mafassoli, 47 anos, assassinado a facadas durante uma discussão no sábado (5) em Dona Emma, havia apostado R$ 5 mil no resultado das eleições presidenciais com o vereador Valdir Siqueira (MDB), suspeito do homicídio, segundo o delegado Juliano Tumitan. O valor já teria sido pago, em espécie, conforme relato de testemunhas à polícia. A informação será confirmada na investigação.

 

A reportagem localizou o advogado procurado pelo vereador, mas o criminalista disse que ainda não responde oficialmente pelo político. Adiantou, no entanto, que Siqueira deve se apresentar à polícia. Câmara de Vereadores informou que vai se reunir com a assistência jurídica para definir as medidas em relação ao vereador (leia abaixo).

 

Conforme o delegado, não teria sido a aposta, em si, o motivo do desentendimento, mas o inconformismo com o resultado das urnas.

 

A vítima considerou que o atual presidente seria reeleito e perdeu. Por conta disso, a vítima pagou R$ 5 mil, conforme as testemunhas relataram para nós. Mas não concordando com o resultado, teve uma discussão com o autor“, relatou o delegado.

 

O empresário era proprietário da empresa LS Madeiras, onde, conforme identificou a reportagem, havia uma faixa (veja foto abaixo) em apoio a Jair Bolsonaro (PL) até a tarde de domingo (6).

 

Faixa de Jair Bolsonaro em frente a faixada da empresa de empresário morto em SC — Foto: Felipe Sales/NSC TV

Foto: Felipe Sales / NSC

 

O delegado salientou que todos os envolvidos eram amigos antes da campanha eleitoral começar. Outros dois homens que estavam com a vítima foram golpeados na ocasião, sem gravidade. Ambos devem ser ouvidos pelo delegado, assim como outras quatro testemunhas, a partir desta segunda-feira (7).

 

Foram ouvidas duas testemunhas presenciais, o dono do bar e uma senhora que estava lá. Também foi solicitada perícia“, esclareceu.

 

 

Fonte: Clarìssa Batìstela e Felipe Sales / G1 SC e NSC TV
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