Rui Car
31/05/2023 21h32 - Atualizado em 31/05/2023 21h33

Pix supera cartões e se consolida como principal meio de pagamento dos brasileiros, diz BC

Instituição diz que o Pix expandiu universo dos pagamentos digitais e desempenha papel de inclusão financeira das camadas mais amplas da população

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Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Pix foi o método de pagamento mais utilizado pelos brasileiros em 2022, atingindo 29% de todas as transações registradas no ano, contra os 16% observado em 2021. As informações são do Banco Central (BC), que divulgou, nesta quarta-feira (31), o estudo “Evolução de Meios Digitais para a Realização de Transações de Pagamento no Brasil”.

 

Segundo o relatório, o aumento foi impulsionado pela facilidade de uso e pelo baixo custo das operações se comparado com outras transações digitais, como o TED e o DOC, que foram, inclusive, extintos pela entidade recentemente.

 

De acordo com o Banco Central, o Pix expandiu o universo dos pagamentos digitais e inseriu nele pessoas que nunca haviam realizado transferências antes, representando um importante papel inclusão financeira de camadas mais amplas da população.

 

O Pix como modalidade de pagamentos começou no final de 2020, em meio à fase mais letal da pandemia de Covid, com o objetivo de aumentar a digitalização das transações financeiras no Brasil. Em 2020, suas transações somaram R$ 180 milhões. No ano seguinte, R$ 9,43 bilhões, e em 2022, R$ 24,05 bilhões.

 

A partir do final de 2020, o expressivo crescimento do uso do Pix reduziu, em termos relativos, a participação dos demais meios de pagamento e de transferência na quantidade total de transações financeiras“, informou o Banco Central.

 

Pix supera cartões e se consolida como principal meio de pagamento dos  brasileiros, diz BC - NSC Total

Tabela com porcentagem de cada método de pagamento em 2022 (Foto: Reprodução / Banco Central)

 

A instituição informou também que foi observado um aumento expressivo na quantidade de transações com cartões de débito (19%) e pré-pago (9%), sendo que, nos cartões pré-pagos, isso faz parte do crescimento de instituições financeiras, como os bancos digitais.

 

Essas instituições vêm tendo papel relevante na inclusão financeira, ao proporcionar contas de pagamento a pessoas que anteriormente não tinham nenhum relacionamento com o sistema financeiro“, informou o BC.

 

Além das modalidades crédito (2%) e débito (4%) apresentarem redução no uso, os saques de dinheiro em espécie também vêm se reduzindo de forma gradual nas agências bancárias, com menores movimentações financeiras. Em 2019, os saques de dinheiro em caixas eletrônicos e agências somaram R$ 3 trilhões. Em 2020, o total caiu para R$ 2,5 trilhões e para R$ 2,1 trilhões, em 2021 e 2022.

 

De 2020 em diante, essa redução de uso parece ser mais acentuada, o que pode ser explicado pelas mudanças comportamentais da pandemia, a introdução do Pix e o aumento de transações com cartões“, concluiu.

 

Apesar da popularização do Pix, quando se trata de transações de valores substancialmente mais altos, a indicação do estudo é de que há preferência pelas transferências bancárias tradicionais, que responderam por cerca de 65% de todo o volume financeiro de 2022. O Pix foi responsável por 12% das transações.

 

Fonte: Cairê Antunes / Diário Catarinense / NSC Total
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