Foto: Montagem / Divulgação
A 4ª fase da Operação Mensageiro ganha novos desdobramentos nesta sexta-feira (5) em Santa Catarina. O prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB), o ex-secretário municipal de administração, Fábio Fusinato, e o ex-superintendente do órgão municipal de saneamento de Presidente Getúlio, Edson José Staloch, presos preventivamente , foram conduzidos a Florianópolis nesta manhã.
Conforme apurado pelo portal ND+, os três investigados serão ouvidos formalmente nesta sexta-feira (5) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na capital do Estado. O processo corre em segredo de Justiça.
Os três envolvidos já passaram por audiência de custódia em 27 de abril, no mesmo dia do cumprimento dos seus mandados de prisão preventiva. Após o procedimento, todos os alvos da operação tiveram as prisões mantidas, conforme o Ministério Público.
Segundo a defesa do prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB), o depoimento do chefe do executivo preso estava agendado para às 11h da manhã desta sexta (5) em Florianópolis, mas acabou tendo um atraso.
Edson José Staloch, ex-superintendente do Saate (Serviço de Abastecimento de Água e Tratamento de Esgoto), deixou o Presídio Regional de Rio do Sul no final da manhã desta sexta-feira (5) para ser ouvido. O depoimento dele está marcado para ter início às 14h, também na capital do Estado.
Conforme informações obtidas pelo ND+, o mesmo deve ocorrer com Fábio Fusinato, ex-secretário municipal de Ibirama, que também foi conduzido. O horário do depoimento dele, porém, não foi confirmado.
A Operação Mensageiro está sob segredo de Justiça e não há informações sobre o destino dos investigados após os depoimentos. Os substitutos aos postos ocupados pelo secretário e pelo prefeito de Ibirama, além do novo superintendente do órgão de Presidente Getúlio, já foram nomeados.
Relembre a Operação Mensageiro
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) conduz uma ampla investigação acerca da empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental. A investigada atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.
Segundo o MPSC um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.
Esta é a 4ª fase da Operação Mensageiro, que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
As novas ordens judiciais expedidas foram cumpridas nos municípios de Imaruí, Presidente Getúlio, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte, Massaranduba.
Os mandados foram requeridos pelo MPSC após a análise dos depoimentos de testemunhas, dos investigados e das provas coletadas nas primeiras fases da Operação.
Fonte: ND+
