Rui Car
03/09/2022 09h54

Setembro Amarelo 2022: “A Vida é a Melhor Escolha!”

No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano

Assistência Familiar Alto Vale
Setembro Amarelo 2022: “A Vida é a Melhor Escolha!” Foto:Divulgação
Delta Ativa

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), promove a campanha Setembro Amarelo. A iniciativa chega em seu oitavo ano combatendo o estigma e lutando pela prevenção do suicídio em todo o país. ??Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!”.  

 

 

As entidades organizadoras apoiam a ideia de que todos devem atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.

 

 

 

Números

 

 

O suicídio é um grave problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.  

 

 

De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios por ano em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, o que eleva o número para mais de um milhão de casos por ano. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

 

 

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.  

 

 

As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).

 

 

 

Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados à doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade. 

 

 

 

“Precisamos reforçar que quando se tem preconceito, há uma demora maior pela busca do tratamento psiquiátrico e clinicamente um dos maiores desafios é o paciente resistente ao tratamento. Muitas pessoas também abandonam o tratamento por causa do preconceito e estigma que ainda existem em torno dos pacientes psiquiátricos.

 

 

Essa é uma realidade, que chamamos de Psicofobia. Infelizmente, um padecente de doença mental que não realiza o tratamento corretamente ou abandona, tem grandes chances de cometer suicídio”, destacou o Dr. Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP e coordenador nacional da campanha.

 

Fonte:Radio Sintonia
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