Rui Car
28/12/2021 10h20 - Atualizado em 28/12/2021 14h23

10 praias que você precisa conhecer nesta temporada em SC

Conheça o perfil do mar das praias catarinenses, o que fazer e a infraestrutura das cidades

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As melhores praias de Santa Catarina encantam pela cor da água e as belezas naturais que fazem parte da paisagem (Foto: Reprodução)

As melhores praias de Santa Catarina encantam pela cor da água e as belezas naturais que fazem parte da paisagem (Foto: Reprodução)

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Nosso litoral é diverso e colorido. Não à toa, na alta temporada ele se torna a casa de turistas do nosso Estado e de muitos outros do Brasil. Não à toa tem gente que vem de longe, até de outros países, para ficar com a gente e desfrutar do que a natureza e a estrutura turística oferecem.

 

Conheça agora nossa seleção de dez praias para você desfrutar no litoral catarinense.

 

1. Praia do Forte (Florianópolis)

 

O acesso à Praia do Forte é pela Praia de Jurerê Internacional, a 25 quilômetros do Centro de Florianópolis. Siga as placas para o Norte da ilha. 

 

Praia do Forte, em Florianópolis – Foto: Luiz Debiasi

Foto: Luiz Debiasi

Este refúgio, cercado por morros e águas calmas e mornas, fica ao Norte de Florianópolis, entre as praias badaladas de Jurerê Internacional e Daniela. Se você busca tranquilidade, certamente irá amar esse lugar. Ideal para estar com a família e levar crianças.

Infraestrutura: a região é bastante simples e não oferece opções de hotéis ou pousadas. Para quem quiser ficar por lá, o melhor é alugar uma casa. Outra opção é se hospedar em Jurerê Internacional.

 

Em relação à gastronomia, os restaurantes também são simples e oferecem boa variedade de frutos do mar. Muitos deles são levados aos estabelecimentos diretamente pelos pescadores da região.

 

O mar: calmo, de águas claras e mornas. O mar vai ganhando profundidade de forma suave, diferentemente de um mar de tombo.

 

O que fazer: como o mar é calmo, é um bom lugar para nadar, andar de caiaque ou stand up paddle, que podem ser alugados por lá. Não deixe também de conhecer a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, motivo pelo qual a praia tem esse nome.

 

2. Praia Mole (Florianópolis)

 

A partir do Centro de Florianópolis, pegue o caminho para a Lagoa da Conceição. Siga pela avenida das Rendeiras até o final e acesse a SC-406. 

 

Praia Mole, em Florianópolis – Foto: Marcos Campos

Foto: Marcos Campo

Sem muitos quiosques em comparação a outras praias, a Praia Mole preserva um visual mais rústico, de natureza preservada. Localizada entre a Barra da Lagoa e o acesso para a Lagoa da Conceição, a praia tem pouco mais de um quilômetro de extensão, uma larga faixa de areia grossa e mole ladeada por vegetação rasteira e um mar de cor verde.

 

Como é uma praia de mar aberto, não é aconselhável para famílias com crianças, já que as águas são bastante agitadas.

 

Infraestrutura: há bares e restaurantes na Praia Mole, cuja especialidade são os frutos do mar. A praia não possui tantos quiosques como outras e não há comércios próximos ao local.

 

O mar: forte e bravo. Como é uma praia de tombo, a profundidade da água pode aumentar de repente, o que requer muito cuidado. As ondas da Praia Mole são fortes e há bastante repuxo no mar. Não é um lugar recomendado para entrar com crianças.

 

O que fazer: na alta temporada, bares e restaurantes locais promovem festas, o que movimenta bem o local. Para quem gosta de um agito, pode ser uma boa opção. Na Praia Mole também há uma trilha que leva até a praia de nudismo Galheta, mirante e um local para saltar de parapente.

 

3. Praia do Estaleiro (Balneário Camboriú)

 

Rodovia Interpraias. Acesso via BR-101.

 

Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú – Foto: Celso Peixoto/Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú/Divulgação

Foto: Celso Peixoto / Prefeitura de Balneário Camboriú

A Praia do Estaleiro é uma das praias da cidade de Balneário Camboriú. Localizada a 11 quilômetros do Centro do município, é bastante reservada e, por isso, ideal para quem quer tranquilidade e desfrutar da natureza. Cercada pela Mata Atlântica preservada, possui 1,7 quilômetro de extensão de um cenário lindo, com um mar cor verde esmeralda.

 

Infraestrutura: esta é uma praia com pouca infraestrutura. Não há muitas opções de hospedagem, comércio e alta gastronomia. A maior parte dos restaurantes serve pratos feitos e comidas mais caseiras. Se você for de carro até lá, vai precisar estacionar em alguma rua próxima do acesso à praia.

 

O mar: a Praia do Estaleiro não é muito propício para banho. Suas águas são bravas e com profundidade acentuada. Por ser um mar de tombo, ele é inclinado, o que faz a profundidade aumentar repentinamente a poucos passos em direção mar adentro. Como há muitas pedras no local, é possível aproveitar as piscinas naturais que se formam em dias de maré alta.

 

O que fazer: a natureza é a principal atração desta praia. Como é cercada por morros, há também a opção de fazer trilhas e descobrir lugares lindos.

 

4. Praia Brava (Itajaí)

 

 A Praia Brava é dividida por um lago, que delimita o lado Norte e o lado Sul. O acesso a qualquer um dos dois é pela Rodovia Osvaldo Reis. Os dois cantos da praia são interligados por uma ponte, por onde só podem passar pedestres. 

 

Praia Brava, em Itajaí – Foto: Heitor Pergher

Foto: Heitor Pergher

Entre as cidades de Itajaí e Balneário Camboriú se encontra a Praia Brava, mais uma exuberante praia catarinense emoldurada pela Mata Atlântica dos morros em cada uma de suas pontas e da vegetação de restinga em sua extensa faixa de areia. Assim como o mar, tanto de dia quanto de noite a Praia Brava é bastante agitada e badalada ao longo dos quase três quilômetros de orla.

 

Infraestrutura: chegando na praia, há muitas vagas para estacionamento, pagas ou gratuitas. O local conta com extenso calçamento, boa iluminação e fácil acesso à praia. Por lá, são diversificadas as opções de hotéis, pousadas, restaurantes e casas noturnas.

 

A Avenida Beira-Mar conta com um variado cardápio de restaurantes, que vão dos especializados em frutos do mar aos que oferecem comida mexicana e opções veganas. Alguns deles são de alta gastronomia. Há muitos beach clubs sofisticados na região também.

 

O mar: agitado, com ondas altas. Necessário ter bastante atenção caso queira tomar banho de mar.

 

O que fazer: é possível também fazer trilhas, acessar o mirante no canto Norte da praia e praticar esportes aquáticos, como o surfe. À noite não faltam restaurantes, barzinhos e baladas para escolher.

 

5. Praia do Canto do Morcego (Itajaí)

 

O acesso ao Canto do Morcego é, para ciclistas e pedestres, pela faixa de areia da Praia Brava ou sobre a passarela de travessia sobre o ribeirão Cassino da Lagoa. Automóveis ou motos devem utilizar o acesso pelo bairro Cabeçudas.

 

Praia Canto do Morcego, em Itajaí – Foto: Maikeli Alves

Foto: Maikeli Alves

Se a Praia Brava é bastante agitada e badalada, a Praia do Canto do Morcego, localizada no pontal Norte da Brava, é o oposto. A pequena extensão de cerca de 100 metros é preservada e intocada. Alguns consideram o local paradisíaco.

 

Seu acesso não é muito fácil, mas vale a pena para quem quer encontrar tranquilidade em um local isolado, em meio à natureza e ao mar.

 

Infraestrutura: a praia não possui opções de bares e restaurantes. Vá preparado com frutas, água e um lanchinho para desfrutar o dia por lá. Lembre-se de recolher o seu lixo!

 

O mar: o Canto do Morcego é uma praia com declividade acentuada, com formação de buracos na zona de arrebentação na maior parte do tempo. Por isso ela é procurada por surfistas. No verão tende a ter menos buracos e as ondas podem ser menores, o que torna o mar mais tranquilo. Mas todo cuidado é necessário.

 

O que fazer: além de desfrutar da trilha e do mirante (caso essa tenha sido sua opção) para chegar até a praia, por lá você também encontra a Caverna do Morcego, uma gruta com uma pequena entrada de acesso e dois salões que podem ser acessados tranquilamente, mas é recomendado que a visita seja feita com uma pessoa que conheça o local ou um guia. Vale dizer que os animais que dão nome à caverna e à praia estão sempre por lá.

 

6. Praia do Rosa (Imbituba)

 

A Praia do Rosa fica no município de Imbituba, a cerca de 80 quilômetros ao Sul de Florianópolis. Acesso via BR-101.

 

Praia do Rosa, em Imbituba – Foto: iStock/Divulgação

Foto: iStock / Divulgação

Já foi considerada pelo jornal inglês The Guardian como uma das dez melhores praias “escondidas” do mundo. Também faz parte de um seleto clube das 30 baías mais belas do mundo, organizado por uma organização francesa.

 

Ponto de encontro entre o mar e a lagoa, as montanhas e as dunas e sua vegetação preservada. Reunião de diferentes tribos: hippies, surfistas, casais, solteiros, famílias, turistas nacionais e internacionais. Local onde se encontra paz e também agito.

 

Infraestrutura: a praia possui uma infinidade de pousadas, hostels e hotéis. Em cada rua há vários deles, para diferentes gostos e bolsos. No Centrinho há várias lojas e restaurantes em estilo rústico, característico do Rosa, que oferecem cardápios variados. O acesso a diferentes partes da praia se dá por meio de ruas ou trilhas.

 

O mar: nos cantos Norte e Sul da praia, o mar é mais agitado e por isso propício para o surfe. Separando a Rosa Norte e a Rosa Sul se encontra a Lagoa do Meio, de água salgada e tranquila e cercada pela Mata Atlântica. Por essa característica, é um excelente local para famílias.

 

O que fazer: é possível praticar diferentes esportes aquáticos, como o surfe, o windsurfe e o kitesurfe. Há cavalgadas nas praias e trilhas para contemplação da vista panorâmica e outras que passam por caminhos históricos.

 

Trilhas ecológicas também não faltam na Praia do Rosa, ligando por meio da Mata Atlântica diferentes praias da região. Em algumas delas, o caminhante se depara pelo percurso com nascentes, piscinas naturais e cachoeiras. Para quem prefere, é possível percorrer as trilhas com grupos de ciclistas.

 

7. Praia da Sepultura (Bombinhas)

 

Avenida das Garoupas, que é continuação da avenida Vereador Manoel José dos Santos (a principal de Bombinhas). Acesso à praia por meio de uma trilha de 200 metros. 

 

Praia da Sepultura, em Bombinhas – Foto: Setur Bombinhas/Divulgação

Foto: Setur Bombinhas / Divulgação

Aos apaixonados por mergulho e amantes da biodiversidade marinha, a Praia da Sepultura é o paraíso, tanto para mergulhadores experientes quanto para quem está começando. Em suas águas claras e sem ondas é possível realizar mergulho de flutuação e também o livre e o autônomo.

 

Com uma faixa de areia branquinha de menos de 95 metros de extensão e um mar esverdeado, fica por conta dos cardumes de peixinhos colorir a água. O município de Bombinhas, onde fica a Praia da Sepultura, cobra uma taxa de preservação ambiental de cada automóvel que chega à cidade entre os meses de novembro e abril.

 

Infraestrutura: por ser muito pequena, a Praia da Sepultura não possui opções de pousadas e hóteis. Se você quiser ficar ali, o mais recomendado é alugar uma casa.

 

Outra opção é se hospedar no Centro de Bombinhas, no camping na praia do Retiro dos Padres ou em hotéis e pousadas na avenida Garoupas, que leva até a Praia da Sepultura. Em relação à alimentação, há bares e restaurantes no local. Atenção: não é permitido instalar tendas na praia.

 

O mar: calmo, sem ondas e translúcido, ideal para observação dos peixes coloridos e perfeito para famílias com crianças.

 

O que fazer: além do mergulho, você pode praticar stand up paddle ou andar de caiaque. A pequena Praia da Sepultura também conta com uma piscina natural à beira dos costões, cujo acesso é por meio de uma trilha um tanto íngreme.

 

8. Guarda do Embaú (Palhoça)

 

A Guarda do Embaú fica em Palhoça, a cerca de 50 quilômetros de Florianópolis. Acesso via BR-101. 

 

Guarda do Embaú, em Palhoça – Foto: Prefeitura Municipal de Palhoça/Divulgação

Foto: Prefeitura de Palhoça / Divulgação

A Guarda do Embaú é considerada o paraíso do surfe. A praia fica no município de Palhoça, a 50 quilômetros ao Sul de Florianópolis e a pouco mais de 80 quilômetros de Balneário Camboriú. A Guarda está dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, maior unidade de conservação de proteção integral de Santa Catarina.

 

O único acesso para chegar ao mar é pelo Rio da Madre, que pode ser atravessado com as canoas coloridas dos canoeiros da região, a pé – quando a maré está baixa – ou a nado, tomando cuidado com a correnteza. A Guarda do Embaú preserva um estilo alternativo, um clima de colônia de pescadores e uma “vibe” de paz.

 

Infraestrutura: a Guarda do Embaú tem várias opções de pousadas. É no pequeno Centrinho da praia que se concentram lojas de conveniência, mercadinhos, bares e restaurantes, com opções que vão do prato feito à comida vegana.

 

O mar: bastante agitado, propício para a prática de surfe. Normalmente famílias com crianças ficam na beira do rio da Madre. Mesmo assim, é preciso atenção dos adultos, pois o rio possui locais de maior profundidade que podem mudar de acordo com a alteração de seu curso.

 

O que fazer: além da Praia da Guarda do Embaú, conheça também a Prainha, que pode ser acessada por meio de uma trilha. Por falar em trilha, uma delas leva até a Pedra do Urubu, um dos principais atrativos da região, de onde se pode ver toda a paisagem de cima.

 

Outra atração do lugar é o Vale da Utopia, que fica entre a Praia do Maço e a Prainha. Para chegar até lá é preciso resistência. São seis horas de caminhada, rodeada de preservação. O local não possui infraestrutura, mas a vista é exuberante.

 

9. Ilha de Porto Belo

 

Porto Belo está a 65 quilômetros de Florianópolis. Acesso via BR-101. 

 

Ilha de Porto Belo, em Porto Belo – Foto: Acervo Fundação de Turismo de Porto Belo/Divulgação

Foto: Acervo Fundação de Turismo de Porto Belo / Divulgação

A ilha fica na cidade que lhe dá nome: Porto Belo.Talvez não se imagine que uma ilha possa conciliar tão bem suas belezas naturais com excelente infraestrutura e opções de lazer.

 

É um local perfeito para quem busca águas calmas e cristalinas, mas também para quem ama a adrenalina. A visitação é controlada e funciona de dezembro até final de março, das 7h às 18h. Vale muito a pena!

 

Infraestrutura: a ilha conta com infraestrutura completa, incluindo três restaurantes, serviços de aluguel de cadeiras, guarda-sóis e equipamentos para esportes aquáticos e museu. O local não possui hospedagem, pois seu horário de visitação tem tempo delimitado. Neste caso, o visitante pode ficar na cidade de Porto Belo.

 

O mar: águas calmas e cristalinas, cercadas pela Mata Atlântica.

 

O que fazer: há várias outras coisas para se fazer na ilha. É possível mergulhar e percorrer trilhas subaquáticas conhecendo a flora marinha, andar de banana boat, caiaque e esqui aquático ou passear de lancha. Os equipamentos e serviços podem ser contratados no local. A ilha também conta com trilha ecológica em meio à Mata Atlântica, tirolesa e até um museu.

 

10. Praia da Saudade (São Francisco do Sul)

 

São Francisco do Sul está a 195 quilômetros de Florianópolis. Acesso via BR-101 e BR-280.

 

Praia da Saudade (Prainha), em São Francisco do Sul – Foto: Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul

Foto: Prefeitura de São Francisco do Sul

Mais conhecida como Prainha, já que possui apenas 600 metros de extensão. É uma das mais bonitas praias do município e, por estar localizada entre os balneários de Enseada e Praia Grande, está entre dois costões que dão a ela um formato que lembra o de uma ferradura.

 

Justamente por causa desse formato, a Praia da Saudade tem a melhor constância de ondas do Norte de Santa Catarina, tornando-a o local ideal para os surfistas.

 

Infraestrutura: a Praia da Saudade oferece estrutura de bares, restaurantes, hospedagem, quiosques e calçadão para caminhada. Também é possível alugar por lá cadeiras e guarda-sóis.

 

O mar: o mar é bastante agitado, oferecendo ótimas ondas e condições para os surfistas. Para famílias com crianças não é muito recomendado.

 

O que fazer: se você não surfa, pode desfrutar da beleza natural da pequena Praia da Saudade, além de encontrar e visitar um dos muitos Sambaquis – formação de conchas e de utensílios usados por povos do período pré-histórico, há cerca de cinco mil anos – de São Francisco do Sul, no canto direito da praia.

 

No lado esquerdo da praia, no Morro da Esperança, é possível fazer trilhas e apreciar a vista do horizonte em um mirante natural. Além disso tudo, ainda tem os barzinhos e restaurantes que agitam o local, especialmente à noite.

 

Fonte: Patricia Stahl Gaglioti / ND+
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