Rui Car
02/10/2018 14h04

Adoçantes artificiais são tóxicos para as bactérias que vivem no nosso intestino

De quais substâncias estamos falando?

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HypeScience

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Segundo um novo estudo da Universidade Ben-Gurion do Negev (Israel) e da Universidade Tecnológica de Nanyang (Cingapura), adoçantes artificiais e suplementos esportivos são tóxicos para os micróbios que vivem no nosso intestino.

 

De quais substâncias estamos falando?

Os pesquisadores descobriram a toxicidade de seis adoçantes artificiais (aspartame, sucralose, sacarina, neotame, advantame e acessulfame de potássio-k) e dez suplementos esportivos contendo esses adoçantes. As bactérias encontradas no sistema digestivo tornaram-se tóxicas quando expostas a concentrações de apenas um mg/ml dessas substâncias.

 

“Nós modificamos bactérias E. coli bioluminescentes, que brilham quando identificam substâncias tóxicas e agem como um modelo de detecção representativo do complexo sistema microbiano”, explicou o Prof. Ariel Kushmaro, do Instituto Nacional de Biotecnologia da Universidade Ben-Gurion do Negev.

 

De acordo com o estudo, esta é mais uma evidência de que o consumo de adoçantes artificiais afeta negativamente a atividade microbiana intestinal, o que pode causar uma ampla gama de problemas de saúde.

 

Ruim para nós e para o meio ambiente

Adoçantes artificiais são usados em inúmeros produtos alimentícios e bebidas com baixo teor de açúcar. Muitas pessoas consomem este ingrediente sem o seu conhecimento.

 

Além disso, as substâncias foram identificadas como poluentes ambientais emergentes, uma vez que já foram encontradas em água potável na superfície e em aquíferos subterrâneos.

 

Ou seja, os resultados deste estudo podem ajudar na compreensão da toxicidade relativa dos adoçantes artificiais e do potencial de efeitos negativos não somente sobre a comunidade microbiana do intestino, mas também sobre o meio ambiente.

 

“O painel bacteriano bioluminescente testado pode potencialmente ser usado para detectar adoçantes artificiais no ambiente”, esclareceu Kushmaro.

 

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica Molecules. [ScienceBlog]

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