Rui Car
09/10/2017 09h03 - Atualizado em 09/10/2017 09h04

Advogada afirma que os homens não deveriam ter relações sexuais com mulheres embriagadas

A verdadeira questão é que não há uma definição legal para ‘embriagado demais’”

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Cathy McCulloch, advogada criminalista britânica, com mais de 35 anos de experiência em casos de abuso sexual e estupro, acredita que os homens não devem ter relações sexuais com mulheres que estejam sob a influência de bebidas alcoólicas (independentemente da quantidade consumida).

 

Em entrevista para o Daily Mail, ela explicou: “A lei é simples. Se uma mulher ingeriu bebidas alcoólicas e, se depois da relação sexual ela afirma que não teve chance, liberdade, nem capacidade para consentir, o homem pode ser acusado de estupro. A embriagues do homem não serve como defesa perante a lei. A verdadeira questão é que não há uma definição legal para ‘embriagado demais’”.

 

Ela prossegue: “No caso de quem bebe e dirige, todos sabem que se você fizer o teste do bafômetro e seu resultado estiver acima do limite, você pode ser indiciado criminalmente. Não há uma orientação como esta, no caso do sexo consensual”.

 

Como as regras não são claras, as consequências de dormir com uma pessoa embriagada podem ser sérias. O álcool também pode nos levar a esquecer o que aconteceu, ou criar lembranças falsas, dois cenários perigosos, quando é preciso fornecer evidências durante um julgamento.

 

Num julgamento, alegar que estava sob a influência de bebidas alcoólicas não serve como defesa [Foto: Pexels]
 

Se um homem alegar que o fato de estar embriagado fez com que ele não entendesse se a mulher havia consentido ou não, o tribunal não irá absolvê-lo. Neste caso, o júri teria que definir o que o acusado entende por ‘consentimento’ quando está sóbrio.

 

No entanto, é interessante saber que se um homem alegar ter tido uma relação sexual sem consentimento, a chance de que a mulher seja julgada criminalmente é bem pequena.

 

McCulloch foi ao programa ‘This Morning’ para falar mais sobre o assunto.

 

Ela disse a Ruth Langsford e Eamonn Holmes: “Suponhamos que um homem está tão bêbado quanto uma mulher e os dois têm uma relação sexual. Se ele acordar e pensar ‘eu não queria ter feito isso’, e ela acordar e pensar ‘eu não queria ter feito isso’, a lei diz que o homem sofreu um abuso sexual, mas que a mulher foi estuprada”.

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