Rui Car
19/12/2019 10h39 - Atualizado em 19/12/2019 10h40

Agressor de Karol Eller diz que ela cheirou cocaína, estava armada e se apresentou como delegada federal

Confusão foi em um quiosque no calçadão da Barra da Tijuca e envolveu a namorada dela e um homem citado como agressor

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A agressão sofrida pela youtuber Karol Eller segue sendo investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ela, que estava acompanhada da namorada em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, foi atacada por um trio, na manhã do domingo (15).

 

De acordo com a delegada responsável pelo caso, a agressão de Karol foi registrada como lesão corporal e injúria por preconceito na 16ª Delegacia.

 

Em entrevista à revista Época, ela disse que configura-se um caso típico de homofobia.

 

“Trata-se de um caso típico de homofobia, sem ligação com a militância da vítima. De acordo com os depoimentos, os agressores chamavam a Karol o tempo todo de sapatão e demonstravam claramente preconceito. Já requisitamos os exames de corpo de delito de todos os envolvidos e vamos fazer diligências para localizarmos câmeras que possam ter flagrado a confusão e possíveis testemunhas do fato”, disse à revista Época a delegada Adriana Belém, titular da unidade.

 

Em depoimento, a namorada da Karol, a policial civil Suellen Silvia dos Santos, relatou que elas conheceram um casal que estava na companhia de um amigo delas. Segundo Suellen, ao longo da conversa, um homem que foi identificado como Alexandre da Silva, de 42 anos, deu início a uma série de hostilização contra Karol, que a princípio eram só verbais.

 

A namorada de Karol também disse que o agressor passou a se referir a Karol como “ele”. Em determinado momento, quando a Karol teve vontade de ir ao banheiro, ele sugeriu que ela “fosse atrás do quiosque mesmo”, assegurando que como homem não precisaria usar o sanitário.

 

Ainda em depoimento, ela informou que Alexandre empurrou Karol ao ponto de dar um soco que desacordou a jovem.

 

Acusado nega homofobia

Em depoimento, Alexandre e o casal de amigos negaram caso de homofobia.

 

Ele disse que Karol estava armada ao chegar no quiosque. Houve um certo momento que, segundo ele, ela teria deixado cair a arma. Posteriormente, se apresentou como delegada federal.

 

Alexandre diz que um dos amigos chegou a alertar o risco de Karol manusear a arma de Suellen, sem conhecimento.

 

Ainda em depoimento, Alexandre disse que Karol estava muito alterada após sair do banheiro, onde teria usado cocaína.

 

Ele disse que foi Karol quem deu um soco no rosto de um dos amigos, e em seguida partiu para cima dele, que diz ter reagido para se defender.

 

Ele também informou que Karol apresentava sinais estranhos, como olhos arregalados e ranger de dentes.

 

“Não sou homofóbico, não aconteceu nada disso que ela está dizendo. Eu e minha família estamos sendo ameaçados na rua por uma mentira absurda que essa menina inventou. Tenho certeza que vamos provar que estamos falando a verdade”, afirmou ele à Época.

 

A polícia tenta encontrar imagens de câmeras de segurança e vai ouvir o depoimento de funcionários que trabalham no local.

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