Uma dupla de artistas brasileiros está se empenhando para trazer um pouco de beleza em meio ao rastro de destruição que a guerra na Síria deixou na cidade de Damasco. Rimon Guimarães e Zéh Palito, ambos de Curitiba, no Paraná, chegaram à Síria no final de abril e, munidos de talento, criatividade e boa vontade de sobra, transformaram a paisagem local realizando o maior grafite já visto naquele país.
O projeto artístico
A intervenção artística é parte do coletivo de arte contemporânea nômade Conexus, o qual tem curadoria de Sheila Zago e que leva grupo de artistas pelo mundo desenvolvendo projetos em lugares destruídos por guerras ou em que a população se encontra em situação mais vulnerável.
Felizmente, o mural não foi o único projeto desenvolvido em Damasco. Os artistas aproveitaram a oportunidade para desenvolverem projetos educacionais para crianças e jovens locais.
O projeto do maior grafite da Síria tem uma extensão total de 270 m² e contou com uma participação bastante especial: a de um grupo de crianças refugiadas. Atualmente, o painel está em exposição na Galeria Mustafa Ali.
Agora, o projeto Conexus segue viagem em direção à Líbia.
Um país devastado
A Guerra na Síria já dura 5 anos, fez mais de 400 mil vítimas fatais e desabrigou mais de 11 milhões. O número de refugiados já ultrapassa 5 milhões.
Por isso, a necessidade de trazer inspiração, esperança, liberdade de expressão, entre outros sentimentos, à população local se tornou uma necessidade urgente.
Sheila Zago acredita que é justamente esse conflito que traz a oportunidade de conectar pessoas.
“Em um momento de forte fluxo de imigração devido a conflitos internacionais, as pessoas procuram oportunidades para sobreviver, lugares para viver – esperar ou começar uma nova vida. Muitos acabam vivendo em condições não ideais entre campos de refugiados e assentamentos, onde a educação não é facilmente acessada e as crianças e adolescentes muitas vezes deixam de estudar. Nesse contexto, o Projeto Conexus está desenvolvendo programa educativos para atender jovens, tendo a arte como conector central dos projetos”, conclui a curadora.
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Fontes: huffpostbrasil.com, gazetadopovo.com.br