Rui Car
28/11/2019 17h00 - Atualizado em 28/11/2019 13h49

Cachorro ou lobo? Cientistas ficam intrigados com filhote

Ele tem 18 mil anos e foi encontrado muito bem preservado no gelo da Sibéria

Assistência Familiar Alto Vale
HypeScience

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Cientistas encontraram um filhote de canino muito bem preservado no gelo da Sibéria, próximo ao Rio Indigirka, no nordeste de Yakutsk, na Rússia, no meio do ano passado. O animal estava surpreendentemente conservado pelo permafrost e ainda continha todo seu pelo corporal, focinho e até bigodes e cílios.

 

 

Análises iniciais indicaram outro achado muito interessante: o espécime tinha nada menos do que 18 mil anos!

 

O fóssil é sem dúvida intrigante. Pode ser o mais antigo exemplar de um cachorro do mundo, mas os pesquisadores ainda não podem dizer isso com certeza porque o animal pertence a um período da história na qual os lobos e os cachorros estavam começando a se separar como espécie.

 

 

Cachorro ou lobo?

Originalmente, os pesquisadores suecos Love Dalén e Dave Stanton, que estudaram o espécime, pensaram que se tratava do mais antigo cachorro conhecido. Essa seria uma descoberta valiosa principalmente para aprendermos mais sobre a domesticação dos lobos.

No entanto, é muito difícil saber se o indivíduo é mesmo um cão.

 

“Não podemos separá-lo de um lobo moderno, lobo do Pleistoceno [Era do Gelo] ou de um cachorro. Uma razão pela qual pode ser difícil [identificá-lo] é porque é um espécime da época da divergência. Portanto, pode ser um lobo moderno muito antigo, um cachorro muito antigo ou um lobo pleistoceno tardio”, esclareceu Dalén, professor de genética evolutiva.

 

Ainda que o fóssil tenha sido estudado pelo Centro Sueco de Paleogenética, que possui o maior banco de DNA de caninos do mundo todo, a primeira tentativa de reconhecê-lo não rendeu resultados definitivos, o que deixou os especialistas ainda mais boquiabertos. Agora, os cientistas estão no aguardo de novos testes.

 

Dogor

Os pesquisadores estimam que o canino tinha dois meses de idade quando faleceu. A causa de sua morte não pôde ser determinada. Uma análise genômica indicou que se tratava de um macho.

Ao anunciar essa descoberta, o Centro Sueco de Paleogenética disse, em sua conta na rede social Twitter, que seus colegas russos escolheram nomeá-lo “Dogor”, uma palavra yakutiana para “amigo”. Adequado, não? [BoredPanda]

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