Rui Car
28/12/2018 10h45 - Atualizado em 28/12/2018 09h05

Champanhe, cidra e espumante são a mesma coisa?

Por Lucas Baranyi (@_baranyi)

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Antes do relógio marcar meia-noite, um monte de gente já está com uma garrafa na mão, sacudindo para, no virar o ponteiro – e do ano – estourar a rolha longe. O brinde de Ano Novo é uma tradição global, e o Brasil não fica de fora dela.

 

Mas uma dúvida perdura nas mesas de festa e celebrações que antecedem a chegada de um novo ano: há alguma diferença entre cidraespumante e champanhe? É tudo a mesma coisa e nós só mudamos os nomes para parecer mais ou menos requintados?

 

Fomos atrás de sommeliers para tirar estas dúvidas – e mais: preparamos uma seleção de rótulos que vão deixar suas festas ainda mais agradáveis.

 

As diferenças

Para início de conversa, é preciso entender que espumantes são todos os vinhos com bolhas, independente do método. É o que nos conta Lis Cereja, dona da enoteca Saint Vin Saint, restaurante referência no Brasil em termos de vinhos naturais e orgânicos. Já os champagnes são espumantes desenvolvidos pelo método champenoise, na região de Champagne, na França. Taimmy Martins, sommelier do wine.com.br, lembra dos outros dois métodos de produção para espumantes: asti e charmat.

 

A produção

Espumantes produzidos pelo método charmat são criados em tanques de aço inox, ideal para preservar o frescor e vivacidade das uvas, e tem como principal representante desse método o prosecco, típico espumante italiano. Já o champenoise, com a segunda fermentação em garrafas, origina espumantes mais complexos e sérios, como as espanholas Cavas e francesas Champagnes, que obrigatoriamente precisam ser elaboradas por esse método. No asti, uma única fermentação dá vida ao espumante, e por ser pausada, possui álcool baixo, e teor mais elevado de açúcar residual (que não fermentou), e aqui no Brasil, os espumantes elaborados por esse método levam o nome de moscatel.

 

E a cidra?

Diferente de uma crença popular (e completamente equivocada), cidras não são espumantes de baixa qualidade. Tudo depende do rótulo – ou seja: do produtor e da matéria-prima utilizada para o espumante que nada mais é do que um fermentado de maçã. Espumantes e sidras são, então, dois tipos de bebidas diferentes – a última é, inclusive, vendida no exterior como uma opção mais leve e refrescante às cervejas.

 

Harmonização

Para as sommeliers, os espumantes e cidras são verdadeiros coringas de harmonização. “Existem muitas variedades e geralmente a acidez desses vinhos acompanha muito bem a maior parte das comidas”, explica Lis. “Quanto mais secas, melhor para a harmonização. Sidras mais secas e espumantes brut, por exemplo, são os mais indicados, pela versatilidade, ou seja, harmonizam com uma variedade enorme de pratos”, completa Taimmy.

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