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A Organização Mundial da Saúde (OMS) a recomenda como uma forma de prevenir doenças, os nutricionistas elogiam o seu alto teor de fibras, e os historiadores adoram suas origens vikings. Mas afinal, como é a dieta nórdica? E por que os especialistas a classificam como um dos planos alimentares mais saudáveis que existem?
Tipicamente definida como uma dieta baseada em alimentos tradicionais do norte da Europa, a dieta nórdica prioriza ingredientes locais e é rica em peixes, grãos, vegetais e frutas vermelhas.
Diferentemente de sua contraparte mediterrânea, a dieta nórdica é mais voltada para a sustentabilidade do que para a nutrição, e costuma ser tratada como um tipo de alimentação que respeita o meio ambiente e evita comidas processadas, promovendo refeições caseiras que têm como base proteínas magras, carboidratos complexos e gorduras saudáveis.
Ela também favorece diferentes tipos de gorduras. Enquanto a dieta mediterrânea é rica em azeite de oliva, a nórdica promove o uso do óleo de canola, rico em gorduras monoinsaturadas que favorecem a saúde do coração.
“Ela é baseada em alimentos integrais e, portanto, tem menos carboidratos refinados e alimentos pobres em nutrientes, se comparada com as dietas ocidentais tradicionais,” disse a nutricionista Nichola Ludlam-Raine ao The Independent.
Os alimentos tipicamente consumidos na dieta nórdica costumam ser produzidos na Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia, e incluem carnes de caça, aves, leguminosas, tubérculos, e cereais integrais.
Este tipo de alimentação existe há séculos, mas sua versão mais recente surgiu em 2004, quando dois chefs nórdicos, René Redzepi e Claus Meyer, revolucionaram o conceito com o restaurante Noma, local que sintetizou o foco da dieta em alimentos forrageados.
Devido ao seu baixo teor de sal e açúcar, a OMS elogia a dieta nórdica por sua capacidade de reduzir o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares, promovendo-a juntamente com a dieta mediterrânea, numa revisão recente.
Estudos também a associaram a dieta nórdica a uma redução da diabetes tipo 2.
A dieta nórdica também pode promover a perda de peso a curto prazo, mas segundo a nutricionista Rhiannon Lambert, ainda não há muitas pesquisas neste âmbito.
“No fim das contas o que importa é comer de forma balanceada, e não há nada mágico na dieta nórdica,” disse ela ao The Independent.
“Qualquer dieta equilibrada que contenha vários cereais integrais, proteínas incluindo peixes oleosos, gorduras essenciais, frutas e vegetais é considerada uma escolha saudável”.
Olivia Petter
