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“Atenção passageiros, informamos que o jantar será servido em breve”. Ouvir isso durante um voo é suficiente para deixar qualquer um com um nó no estômago. Na melhor das hipóteses, acabaremos comendo um prato de massa, razoável, com sabor de molho de tomate industrializado. Na pior delas, encontraremos um peito de frango que parece ter passado por uma autópsia e que está há anos esperando para ser servido. Não, a comida de avião não é o que podemos chamar de apetitosa, o que é uma pena, porque como você vai passar um tempo voando, o melhor seria poder apreciar uma boa refeição.
Para acabar com a má fama da comida de avião, a Air New Zealand inaugurou um restaurante temporário no Soho, em Londres, que ficou aberto ao público por alguns dias. Esta ação buscava dar uma resposta a uma pesquisa realizada recentemente na Inglaterra, que revelou que um quarto dos cidadãos britânicos consideram que a comida de avião é pior do que a servida em hospitais e escolas.
A comida servida no restaurante ‘This is How We Fly’ (‘É assim que nós voamos’, em tradução livre), foi idealizada pelo chef neozelandês Peter Gordon, e foi uma demonstração do que é possível encontrar nos voos da companhia aérea. Segundo Gordon, o menu deste restaurante peculiar segue o mesmo padrão da comida servida nos voos da empresa: “Os melhores e mais frescos ingredientes, com um sabor inigualável”. Trata-se de uma proposta interessante, principalmente considerando que quase metade dos entrevistados nas pesquisas garantiu que gostaria mais dos pratos servidos nos voos se os ingredientes fossem frescos. Outros se queixam do tamanho das porções ou de sua aparência pouco atrativa. Além disso, um em cada cinco participantes afirmou que ter um chef encarregado, poderia melhorar o cardápio servido a bordo.
Alguns dos clientes que tiveram a oportunidade de experimentar a comida deste restaurante temporário destacaram a qualidade das refeições servidas. “Eu comi o cordeiro com ervilhas, molho de hortelã e purê de batatas. Estava muito bom, e provavelmente no mesmo nível de pratos pelos quais eu pagaria em um restaurante normal”.
Outro dos comensais disse que “honestamente” nunca havia pensado que “a comida de um avião pudesse ser tão boa”. Com iniciativas como estas, quem sabe acabaremos tendo uma aeronave com uma estrela Michelin algum dia. Seria ótimo poder experimentar coisas novas e deliciosas a milhares de metros de altura.
