Rui Car
12/12/2020 11h03

Coronavírus: especialistas indicam cuidados para as celebrações de fim de ano

Infectologistas e médico sanitarista reforçam medidas de prevenção para as confraternizações em meio à pandemia

Assistência Familiar Alto Vale
Coronavírus impede aglomerações (Foto: Arte NSC Total)

Coronavírus impede aglomerações (Foto: Arte NSC Total)

Delta Ativa

O coronavírus não respeita o clima natalino. Pausar a pandemia para poder curtir o fim de ano em segurança é impossível, mas há algumas formas de aproveitar as datas e “minimizar” os riscos, ainda que de maneira totalmente diferente dos anos anteriores. Infectologistas e um médico sanitarista dão dicas do que pode ser feito para confraternizar no Natal e Réveillon em meio a um momento delicado da Covid-19 em toda Santa Catarina.

 

No topo da lista estão três itens: uso de máscara, distanciamento e cuidado com os idosos. Pedidos difíceis, já que fim de ano sempre significou mais beijos e abraços e visitas aos avós. Mas não é o momento. É preciso poupá-los, já que são os mais afetados pelo vírus.

 

— Todo mundo quer que o Natal chegue porque espera ver pessoas queridas, ter a sensação de que a pandemia vai terminar junto com o ano, mas ela continua. Evite aglomerações, faça confraternizações com pessoas com quem convive. Agradeça por ter passado ileso pelo coronavírus, mas sem festas — pede a médica Sabrina Sabino, que integra a Sociedade Brasileira de Infectologia.

 

Para Amaury Mielle, infectologista que assim como Sabrina atua em Blumenau, a única forma de não correr perigo de contaminação é, claro, não ver ninguém. Porém, como a realidade não deve ser essa, pede que as pessoas façam o teste RT-PCR, o do cotonete, antes de ir ao encontro. Isso não significa que os cuidados devem ser deixados de lado, já que há chance de um falso negativo ocorrer, como reforça a médica.

 

Por isso, com ou sem teste, locais abertos precisam ser priorizados, assim como o cumprimento “de pandemia”: um olá de longe, sem qualquer tipo de contato físico — nem com o cotovelo. Bebidas alcóolicas, comuns nesta época, têm de ser consumidas com moderação, porque deixam as pessoas mais relaxadas e alegres, o que resulta em falta de cuidado com as medidas de prevenção e volume de voz mais alto (mais salivas expelidas).

 

Uma outra recomendação vem do médico sanitarista Lúcio Botelho. Ele sugere que os encontros sejam escalonados. Ou seja, em vez de reunir toda a família ao mesmo tempo, fazer as visitas em dias diferentes — adotando todas as precauções, obviamente.

 

— Para os que conseguem, redobrem os cuidados ao menos duas semanas antes [da confraternização], circule menos. É uma situação muito difícil porque corre risco de ter gente assintomática e o desfecho ser complexo — alerta Amaury.

 

O que fica evidente é que, em um ano tão atípico, não será possível ter um Natal e Réveillon como antes. Quem sabe em 2021, com o alívio de ter vencido meses difíceis.

 

Cuidados com a Covid-19 em celebrações de fim de ano

 

– Se possível, redobre os cuidados duas semanas antes do encontro e se isole o máximo que conseguir.

 

– Faça o teste RT-PCR dois dias antes da confraternização.

 

– Promova o encontro com o menor número de pessoas possível.

 

– Opte por um local aberto (como o quintal da casa, por exemplo) ou ambientes bem arejados.

 

– Outra opção (a mais segura) é fazer uma refeição apenas com pessoas com quem convive. Os demais familiares podem participar através de uma chamada em vídeo.

 

– Cumprimente as pessoas de longe, sem contato físico.

 

– Só tire a máscara para comer.

 

– Mantenha distanciamento de 1,5 metro.  – Na troca de presentes, nada de abraços e beijos.

 

– Consuma menos ou deixe de ingerir bebida alcoólica, ela faz com que as pessoas falem mais alto, tirem a máscara o tempo todo e esqueçam os cuidados com o distanciamento.

 

– Deixe o som, se houver, em volume baixo, para não ter de elevar a voz durante as conversas e com isso expelir mais saliva que o normal.  – Poupe os idosos. Não é o momento de encontrá-los.

 

– Não faça buffet para evitar que as pessoas falem sobre a comida.

 

– Não brinde.

 

– Não tenha medo de dizer não às festas. É um ano atípico, que exige sacrifícios.


POR: BIANCA BERTOLI / JORNAL DE SANTA CATARINA – NSC


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