Rui Car
14/06/2019 14h23

“Deus sabe que eu sou honesto”, diz Lula

É a primeira vez que Lula se manifesta após vazamentos de conversas privadas de membros da Lava Jato.

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Por Michael Caceres - Gospel Prime

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso no âmbito da Operação Lava Jato, concedeu a primeira entrevista após os vazamentos criminosos contra o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Na entrevista, o petista se vitimizou, repetindo o discurso de que é uma pessoa honesta e que “Deus sabe” e “Moro sabe”.

 

“A máscara vai cair. O que vai acontecer, eu não sei”, e completou: “Eu estou mais tranquilo hoje, por que a minha tranquilidade é daquele que sabe que é honesto. Que sabe que Deus sabe que eu sou honesto. O Moro sabe que eu sou honesto.”

 

Na entrevista concedida a emissora sindical TVT, o ex-presidente criticou a condução de seu caso pelo ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, alegando que Moro estava condenado a proferir a sentença contra ele, porque, nas palavras de Lula, “a mentira havia ido muito longe”. Ele ainda afirmou que tanto o ministro como o procurador são “mentirosos” e Dallagnol “deveria ter sido preso”.

 

Lula também afirmou que instituições como a Polícia Federal, “não podem ser manipuladas por moleques irresponsáveis”.

 

Ele também responsabilizou Moro e Dallagnol pela desestabilização das estatais, ao invés de assumir a responsabilidade pelos crimes cometidos e que desviaram bilhões dos cofres públicos. Para ele, a PF e o Ministério Público estão “a serviço de interesses americanos” e não de combate à corrupção.

 

Durante a entrevista, o ex-presidente voltou a atacar Jair Bolsonaro, afirmando que o país “pariu essa coisa chamada Bolsonaro”. Ele afirma que a vitória de Bolsonaro é uma consequência de uma série de fatos políticos, incluindo o “Volta, Lula”.

 

Ele diz que no momento que rejeitou candidatar-se no lugar de Dilma Rousseff, quando ela disputou a reeleição, empresários se afastaram do país. Lula também disse que “tinha tanta vontade de fazer o que não tinha feito” que havia cogitado a possibilidade de entrar no lugar de Dilma em 2014, mas que a reeleição era dela “por direito”.

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