Rui Car
27/02/2019 14h31

Escritora diz que filhos não trazem felicidade: ‘Tenho motivos para odiar os meus’

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Já diz o ditado popular: ser mãe é padecer no paraíso. Mas para escritora francesa Corinne Maier, a parte do paraíso está longe de ser verdade.

 

Aos 55 anos, ela tem dois filhos e deixou muita gente chocada com sua sinceridade no livro “40 Good Reasons Not To Have Kids” (ou em tradução livre – “Sem Crianças: 40 Boas Razões para Não se Ter Filhos”), publicado em 2009. Para ela, as pessoas carregam quase que uma obrigação de ter filhos e aqueles que optam por não tê-los são chamados de egoístas.

 

“Muitos deles se sentem pressionados a se justificar: ‘Não posso ter filhos, mas adoro crianças’”, afirma em entrevista à BBC. Todas às vezes que presencia esse tipo de conversa, ela já tem sua resposta pronta: “Tenho filhos, mas tenho razões para odiar crianças”.

 

Corinne diz que ter uma criança faz com que os pais fiquem exaustos e sem energia para nada, muitas vezes se anulando por conta dos filhos. “Sentir-se realizada com a maternidade (ou paternidade) agora é compulsório. Na minha experiência, a realidade é bem diferente: criar um filho é 1% de felicidade e 99% de preocupação”, completa.

 

Os pais estão sempre buscando fazer o seu melhor para os pequenos e estão 100% envolvidos na educação de seus filhos, às vezes até demais. “Tanto que sempre penso em como elas conseguem, de fato, virar adultos. Já é hora de pararmos de vender a ideia de que bebês são sinônimo de felicidade. Chega dessa grande ‘ilusão sobre os bebês’”, diz.

 

Outro ponto levantado por ela é a fortuna gasta para se manter uma criança. “Na Espanha, por exemplo, elas custam entre 98 mil euros e 300 mil euros cada, segundo uma organização de consumidores”.

 

“Em breve, minha filha vai terminar seus estudos. Vou dar uma festa. Finalmente não terei mais que bancá-la. Que alívio”.

 

Ela finaliza mandando uma mensagem para as gerações futuras, frisando a preocupação com o futuro da humanidade. “Crianças, bem-vindas e boa sorte na entrada deste mundo podre que seus pais, que te amam muitíssimo, te deixaram”.

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