Rui Car
12/05/2017 09h55 - Atualizado em 12/05/2017 08h15

Especialistas afirmam que ter contas bancárias separadas é fundamental para o sucesso do relacionamento

O erro que faz com que muitos casais se separem

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“O que é meu é seu e o que é seu é meu”. Se seu namorado ou namorada lhe disser isso, tome cuidado! Tanto desperdício de amor e generosidade pode acabar em tragédia, e embora muitos acreditem que atualmente as redes sociais sejam o principal motivo por trás das separações, isso não é verdade. Na realidade, as discussões financeiras são as principais responsáveis por estragar as relações amorosas.

 

Compartilhar tudo com seu parceiro não quer dizer que você o ama mais, e nem que a sua relação vai funcionar melhor pelo mero fato de confiar no seu cônjuge e acreditar que ele ou ela sempre vai tomar boas decisões.

 

De fato, o segredo para uma relação duradoura, saudável e feliz (para ambas as partes) é ter contas bancárias separadas.

 

O dinheiro é o causador de muitos conflitos nos relacionamentos amorosos. É melhor que cada um tenha a sua própria autonomia. (Foto: Getty)
 

Os especialistas afirmam que o amor que vocês declaram um ao outro pode acabar ao compartilhar os ganhos financeiros devido às discussões contínuas que surgem em decorrência do dinheiro.

 

Esta é a conclusão principal do estudo ‘Examining the relationship between financial issues and divorce’ (Examinando a relação entre os problemas financeiros e o divórcio, em tradução livre para o português) realizado por pesquisadores das universidades de Kansas, Utah e Texas, nos Estados Unidos.

 

Apesar de continuarmos acreditando veementemente no mito do amor romântico, para que um casal funcione, além de ambos terem que se encaixar nos diferentes papéis que terão que assumir ao longo dos anos (amantes, companheiros, amigos, pais…), é necessário que sejam capazes de desenvolver um projeto comum. Isso implica saber gerir os gastos e receitas, tomar decisões sobre a economia doméstica, dividir as tarefas, e conhecer e respeitar as ambições de cada um.

 

Para que o número de desacordos seja o menor possível, os especialistas sugerem que o casal tenha duas contas bancárias separadas, e não uma conjunta, já que esta última escolha seria lógica do ponto de vista sentimental, mas não prático.

 

Se seu parceiro desperdiçou dinheiro, não o recrimine. Tente fazer com que ele entenda o quanto isso pode ser perigoso. (Getty)
 

Sonya Britt, uma das autoras da pesquisa, afirma que é melhor manter a nossa individualidade, já que cada pessoa tem uma forma de agir. Em um casal sempre há um que gasta mais e um que gosta de economizar, e isso pode causar tensões diante das diferentes maneiras de gerenciar os gastos.

 

Mesmo nos casos em que os dois tenham o mesmo critério e sejam comprometidos a ele, recomenda-se que cada um tenha sua própria conta com dinheiro para seus gastos pessoais.

 

Isso não é uma falta de compromisso e nem uma demonstração de egoísmo. Não se preocupe com o que os outros irão pensar e nem com a reação do seu parceiro quando ouvir esta proposta, já que se trata de uma maneira de fomentar o desenvolvimento profissional e pessoal de cada membro da relação, e uma fórmula adequada para garantir a individualidade de cada um e a paridade no relacionamento, sem as diferenças de papéis antiquadas que costumavam estar presentes.

 

Ter contas separadas não é desconfiar do seu parceiro, e nem permite medir o grau de segurança de uma relação; é simplesmente uma forma adulta, madura e honrada de lidar com a vida juntos.

 

Vale lembrar que isso não irá eximi-los de tomar decisões conjuntas, e nem de compartilhar gastos gerais e comuns; muito pelo contrário, já que esta estratégia promove a comunicação em todos os campos e não gera temas tabus. Falar de dinheiro não é algo ruim ou mal-educado, é normal!

 

Portanto, independentemente de vocês serem um casal de namorados, morarem juntos, ou terem passado pelo altar, se estiverem prontos para dar um passo a mais na relação, já sabem que a frase que mencionamos no início deste artigo nunca deve ser pronunciada (e nem ouvida) para que o amor perdure.

 

 

Monica De Haro
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