Rui Car
31/07/2019 10h45 - Atualizado em 31/07/2019 08h52

Especialistas alertam pais de crianças que buscam transição de gênero

Tratamentos hormonais trazem malefícios e cirurgias são irreversíveis

Assistência Familiar Alto Vale
Gospel Prime

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A psicóloga Kirsty Entwistle, especialista em disforia de gênero, divulgou uma carta aberta contra a administração da clínica de Tavistock, a única clínica de gênero da Inglaterra, acusando a instituição de usar táticas enganosas para coagir crianças a tomarem hormônios bloqueadores da puberdade, medida irreversível.

 

A profissional que atuava no Serviço de Desenvolvimento de Identidade de Gênero em Leeds até outubro do ano passado alerta para a divulgação feita pela clínica de Tavistock dizendo que “eles estão tomando decisões que terão um grande impacto nas crianças e nos corpos e vidas dos jovens sem uma sólida base de evidências”.

 

A carta da ex-funcionária foi publicada em 18 de julho e direcionada para Polly Carmichael, administradora da clínica, onde a psicóloga acusa a instituição de encaminhar para o tratamento de transição de gênero todas as crianças que tiveram eventos traumáticos em seus primeiros anos “sem ter explorado ou abordado seus efeitos adversos precoces”.

 

Segundo a denúncia, as crianças e suas famílias foram informadas de que as drogas supressoras da puberdade usadas na transição para a juventude eram “totalmente reversíveis”, quando na realidade o impacto das drogas em corpos e cérebros jovens permanece desconhecido.

 

O jornal inglês The Times tratou sobre o assunto e citou uma pesquisa da agência de saúde sobre os bloqueadores de puberdade afirmando que esse tratamento mostra resultados mistos.

 

O estudo diz ainda que todos os jovens que começam a tomar drogas bloqueadoras de puberdade tomam hormônios sexuais cruzados aos 16 anos.

 

A denúncia não só de Entwistle, mas também de outros funcionários da clínica diz que médicos eram proibidos de informar aos familiares das crianças submetidas ao tratamento de que elas não eram transgêneros, quando assim era diagnosticado, caso contrário eram chamados de “transfóbicos”.

 

A equipe médica consegue identificar quando a criança é realmente transgênero ou quando ela passa por experiências anteriores que contribuem para o desejo de transição. Mas não poderiam dar esse diagnóstico.

 

Entwistle não é a única a se levantar contra a clínica, ativistas dos direitos das mulheres do Reino Unido também estão trabalhando para expor as intervenções médicas e cirúrgicas que estão sendo realizadas em jovens psicologicamente aflitos que passam a acreditar que nasceram no corpo errado.

 

O grupo Standing for Women tem feito manifestações contra a clínica de Tavistock, em um desses protestos usou fotos de uma jovem que passou pela mastectomia dupla, arrancando os dois seios para assumir a identidade masculina. Também mostraram fotos de uma menina que teve camadas de pele, tecido e músculo removidos do antebraço para a criação de um “pênis” para que ela assumisse uma identidade masculina.

 

“O ativismo no Reino Unido tem sido educado quando se trata de crianças em transição. Mas eu senti que era necessário mostrar às pessoas o horror do que a transição realmente significa. Não podemos falar sobre o fato de que as crianças que tomam bloqueadores da puberdade se tornam adultas. Corpos que não têm nenhum sentimento sexual ou função, ou que estas cirurgias e caminhos médicos são experimentais”, disse Posie Parker, fundadora do grupo Standing for Women ao Christian Post.

 

“Eu sempre pensei que se o público realmente soubesse o que ‘transição’ implicava, eles iriam se opor e parariam. Eu acho que o Reino Unido está coletivamente atingindo um ponto de massa crítica onde muitos de nós sabem o que está acontecendo e estão fazendo tudo o que pudermos para impedi-lo”, completou.

 

A preocupação do grupo é focada na mulher, pois segundo pesquisas a maioria dos jovens que buscam por uma transição de gênero naquele clínica são meninas.

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