Rui Car
15/05/2017 08h24

Estudo indica que laticínios e peixes oleosos podem reduzir risco de menopausa precoce

A fertilidade cai drasticamente durante os 10 anos anteriores à menopausa

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Há uma variedade de superalimentos estranhos e maravilhosos, que prometem fortalecer nosso sistema imunológico, mas às vezes os alimentos que mais nos fazem bem já estão nas nossas geladeiras e armários, conforme um estudo recente revelou.

 

Aparentemente os peixes oleosos e os laticínios – que ultimamente estão sendo cada vez mais evitados pelas pessoas – podem ajudar a prevenir que a menopausa ocorra antes dos 45 anos.

 

O estudo envolveu mais de 116 mil mulheres e descobriu que um alto consumo de vitamina D e cálcio – encontrados nestes alimentos – reduzem o risco de menopausa precoce em 17% e 13% respectivamente.

 

Publicada no American Journal of Clinical Nutrition, a pesquisa analisou dados de um estudo de longa duração, envolvendo enfermeiras norte-americanas que começaram a participar do mesmo quando tinham entre 25 e 42 anos, em 1989.

 

Os benefícios dos peixes oleosos parecem ser intermináveis [Foto: Pexels]
 

Além de terem respondido a um questionário inicial, as participantes foram examinadas a cada dois anos, com monitoramento de aspectos como doenças e estilo de vida, incluindo a dieta mantida por cada uma delas. Durante este período, 2.041 mulheres tiveram uma menopausa precoce.

 

As análises também levaram outros fatores em conta, como a ingestão de proteína vegetal, o consumo de álcool, o hábito de fumar e o índice de massa corporal. O estudo descobriu que o risco menor de menopausa precoce era observado com mais frequência no caso da vitamina D e do cálcio serem obtidos a partir de fontes derivadas do leite, e não de produtos sem laticínios.

 

A epidemiologista Alexandra Purdue-Smithe, doutoranda da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, disse ao Express: “Além de aumentar os riscos de problemas de saúde no futuro da mulher, a menopausa precoce também se torna cada vez mais problemática conforme as mulheres adiam a gestação para o final dos seus anos reprodutivos”.

 

“A fertilidade cai drasticamente durante os 10 anos anteriores à menopausa, por isso a menopausa precoce pode ter um enorme impacto psicológico e financeiro em casais que não conseguem conceber como gostariam”.

 

As diferenças observadas de 17% e 13% são significativas [Foto: Pexels]
 

“Por isso, é importante identificar fatores de risco da menopausa precoce que podem ser alterados, como a dieta”.

 

Ela disse que nenhum estudo epidemiológico anterior havia analisado explicitamente como a ingestão de vitamina D e cálcio poderia estar associada ao risco de menopausa precoce.

 

“Nós descobrimos, depois de levar em conta diferentes fatores, que a vitamina D obtida de alimentos como laticínios enriquecidos e peixes oleosos, estava associada a um risco 17% menor de menopausa precoce, quando comparamos o grupo com a maior ingestão com o de menor ingestão,” ela concluiu.

 

Alice Sholl
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