Rui Car
17/08/2018 09h52 - Atualizado em 17/08/2018 09h54

Função “soneca” do despertador é prejudicial para o corpo e para o cérebro

Confira detalhes dessa pesquisa

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Quando você acorda pela manhã ao som do seu despertador após uma noite de sonomais curta do que o ideal, pode ser tentador usar a função “soneca” para ganhar alguns minutos extras na cama. No entanto, isso pode ser extremamente prejudicial para a sua saúde, fazendo com que o seu corpo e o seu cérebro fiquem confusos.

 

Especialistas da Sleep Clinic Services explicaram por que não devemos apertar o tentador botão de “soneca”, já que isso pode levar a longos períodos de inércia do sono. A inércia do sono é a sensação de sonolência e atordoamento que muitas pessoas sentem quando se levantam pela manhã, conforme explicado pelo Silentnight.

 

Este estado costuma durar entre 15 e 30 minutos, enquanto a mente e o corpo tornam-se gradualmente mais alertas. No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Brigham and Women’s Hospital em Boston, Estados Unidos, ele pode durar entre duas e quatro horas, se você acordar no começo de um ciclo de sono ou durante o sono profundo.

 

Quando você usa a função “soneca” e volta a dormir, o organismo acaba liberando hormônios que enganam o corpo, fazendo-o pensar que está prestes a cair em um sono profundo. Assim, se você for despertado abruptamente após meros 10 minutos, sua mente e seu corpo podem ficar confusos, ao sair deste estado de sono profundo de forma repentina.

 

Neil Robinson, especialista em sono, da fabricante de colchões Sealy, explica que o uso da função “soneca” costuma impactar negativamente o resto do seu dia.

 

“Acordar sentindo-se revigorado, depois de uma boa noite de sono, é algo com que todos sonhamos,” disse ele. “Entretanto, muitos estão cometendo erros comuns que os impedem de obter um descanso de qualidade – o que nos torna mais propensos a acordar com a cabeça pesada, e não uma expressão renovada”.

 

“Todos nós já fomos culpados de usar a função ‘soneca’ nos nossos despertadores para ganhar aqueles preciosos 10 minutos a mais na cama”.

 

“Quando voltamos a dormir durante aqueles minutos extras, estamos preparando nossos corpos para outro ciclo de sono, que acaba sendo rapidamente interrompido – fazendo com que nos sintamos cansados pelo resto do dia que temos pela frente”.

 

Em setembro do ano passado, o neurocientista Matthew Walker revelou suas principais dicas para se sentir o mais descansado possível depois de uma noite de sono. Além de esquecer a função “soneca” do despertador, ele também recomenda evitar os cochilos curtos e o café descafeinado.

 

Em maio deste ano, um estudo revelou que os britânicos dormem, em média, cerca de seis horas e 19 minutos todas as noites. A pesquisa, que envolveu dois mil adultos do Reino Unido, descobriu que as pessoas só conseguem atingir as famosas oito horas de sono duas vezes por semana. Além disso, 38% dos entrevistados relataram nunca conseguir dormir oito horas por noite.

 

 

Sabrina Barr

The Independent

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