Rui Car
27/11/2019 08h25

Giselle Itié: entenda o conceito de parto humanizado da futura mamãe

Quais são os casos em que a cesárea é mais indicada?

Assistência Familiar Alto Vale
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Parto normal, humanizado, cesária… Grávida de quase seis meses, a atriz Giselle Itié recentemente fez uma postagem em seu Instagram que levantava a questão sobre os diferentes tipos de parto e que, para ela, a ideia de que o parto humanizado nada mais é do que um parto respeitoso. 

 

Segundo seu post, a humanização é quando “a assistência obstétrica respeita o protagonismo da mulher, suas escolhas informadas, com base nas evidências científicas atualizadas, preservando a dignidade e integridade física e emocional do binômio mãe e bebê”. 

 

Ou seja, para Giselle a prática humanizada é respeitosa e assegura que a mãe não sofra violência obstétrica ou passe por práticas consideradas invasivas ou indesejáveis de acordo com a opção de cada mãe, como a episiotomia de rotina, soro para acelerar o parto e posições desconfortáveis.

 

Mas muita gente tem uma imagem diferente do que é ou pode ser um parto humanizado. Ele não é necessariamente aquele feito em banheira, com acompanhamento de doula, ou mesmo fora do hospital. O parto humanizado — ou respeitoso, como indica a atriz — pode ocorrer tanto no procedimento normal quanto na cesária.

 

Quais  as diferenças entre Parto normal e humanizado?

Segundo o ginecologista e obstetra Ricardo Luba, também especialista em reprodução humana, o parto normal é o parto que é realizado em ambiente hospitalar e com um certo grau de intervenção do médico obstetra. Pode ser feita anestesia, acesso venoso, uso de medicações que aumentam ou regulam as contrações uterinas, realização de episiotomia, uso de fórceps se necessário entre outros procedimentos. 

 

“Já o parto  humanizado é aquele parto em que o paciente não deseja nenhuma intervenção médica, à não ser o controle de vitalidade fetal e materno. Pode ser realizado em ambiente hospitalar (preferencialmente) e residencial (mais arriscado) e ocorre naturalmente, sem anestesia, sem acesso venoso, sem uso de medicamentos e sem episiotomia”, explica Luba.

 

Como é um parto cesária?

A cesárea é o parto em que ocorre a retirada do bebê por via abdominal em uma cirurgia. “A cesariana apresenta alto grau de intervenção médica, sendo sempre realizada em ambiente cirúrgico, com anestesia e uso de medicamentos. Pode ser indicada por desejo materno ou (preferencialmente) por necessidade ou indicações obstétricas de acordo com vários fatores, como posição fetal, diabetes materna, entre outros”, diz o obstetra.

 

Quais são os casos em que a cesárea é mais indicada?

As indicações de parto cesárea são muitas, de acordo com a explicação do médico Ricardo Luba. “A mais frequente é quando o bebê está sentado”, diz. Mas há outras indicações: a macrossomia fetal (quando o bebê tem mais de 4 quilos); interatividade, que é quando a paciente já tem duas cesarianas prévias; placenta de inserção baixa ou placenta prévia, quando a placenta se insere muito próxima ou exatamente no canal do colo uterino; apresentações anômalas durante o trabalho de parto como quando o bebê apresenta a face e não a cabeça no canal de parto; quando há sofrimento fetal agudo, com presença ou não de mecônio (quando as fezes da criança saem na cavidade uterina), entre outras.

 

Qual o tipo de parto melhor para cada gestante?

O mais importante é que a gestante converse muito desde o início da gravidez com seu médico. A decisão deve ser da paciente, desde que não tenha contraindicações.

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