Rui Car
31/08/2017 10h45 - Atualizado em 31/08/2017 08h40

Grávida que recusou quimioterapia para salvar bebê morre 11 meses após dar à luz

“Ela o teve por 11 meses,” disse seu pai

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Uma mulher grávida foi forçada a tomar a difícil decisão de não fazer quimioterapia, para salvar a vida de seu bebê.

 

Tasha Trafford, de 33 anos, estava grávida de 16 semanas quando descobriu que o câncer que acreditava ter derrotado havia voltado.

 

Tasha, que trabalhava como enfermeira de urgências, tomou a corajosa decisão de continuar com a gestação. “Fazer qualquer coisa que possa machucar o meu bebê, é impensável,” disse ela na época.

 

Seu filho, o menino Cooper, nasceu no dia 12 de dezembro de 2015, mas Tasha faleceu 11 meses depois.

 

Quatro anos antes, logo depois de ter se casado na Tailândia, ela foi diagnosticada com um tumor ósseo raro e incurável, conhecido como sarcoma de Ewing.

 

Ela vinha sentindo dores nas costas e consultava seu médico regularmente, mas somente quando a família pagou por uma ressonância magnética o câncer foi diagnosticado.

 

Tasha fez quimioterapia e radioterapia no Hospital Singleton em Swansea, no País de Gales, e foi considerada curada dois anos depois. Os médicos não afirmaram que o câncer não retornaria, mas ela foi incentivada a tentar viver sua vida da maneira mais normal possível.

 

Com a esperança de ter filhos, Tasha implantou um dos três embriões que havia congelado anteriormente, e obteve sucesso na primeira tentativa.

 

Com 16 semanas de gestação, ela recebeu a terrível notícia de que o câncer havia voltado.

 

Ela queria muito ver seu filho completar um ano de idade, mas infelizmente faleceu após 11 meses com ele.

 

“Ela o teve por 11 meses,” disse seu pai Dai Gallivan, de Clydach, Swansea. “Ela sabia o que estava acontecendo, mas nós não falávamos muito sobre isso. Foi uma doença muito longa e extremamente difícil para Tasha”.

 

No dia em que ela morreu, seu pai estava planejando uma viagem para completar uma escalada beneficente do Monte Kilimanjaro em prol da instituição Tenovus Cancer Care.

 

No entanto, vendo a saúde de sua filha se deteriorar, no mês anterior, ele decidiu ceder seu lugar na escalada para o irmão de Tasha, David.

 

“Eu sabia que não podia ir. Eu sabia, no fundo do meu coração, que se eu fosse Tasha não estaria aqui quando eu voltasse”.

 

David descobriu que sua irmã havia falecido duas horas antes de embarcar em seu voo, e manteve seus planos de concluir a escalada como um tributo a Tasha. O pai de Tasha, Dai, planeja fazer o mesmo este ano.

 

“Vai ser um evento importante e meu filho quer que eu participe porque quer que eu tenha a mesma experiência que ele teve”.

 

“Eu não estou preocupado com a escalada em si, estou relativamente seguro de que não vou ter problemas, mas sei que muitas pessoas têm dificuldades com a altitude”.

 

Dai Gallivan diz que não acredita que sua filha ficaria surpresa se descobrisse que ele ainda estava planejando fazer a escalada.

 

“Eu acho que ela pensaria que eu sou assim mesmo. Ela pensaria que esta é mais uma daquelas coisas que eu costumo fazer”.

 

Para contribuir com o financiamento coletivo para a escalada, visite a página de Dai na plataforma JustGiving.

 

Rachel Hosie

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