Rui Car
04/05/2017 09h05 - Atualizado em 04/05/2017 08h22

Ingerir álcool é mas eficaz para aliviar dores do que remédios, diz estudo

Mas vale lembrar que isso não é motivo para encher a cara

Assistência Familiar Alto Vale
Yahoo

Yahoo

Delta Ativa

Segundo estudo realizado na Universidade de Greenwich, em Londres, o álcool pode ser mais eficaz que o famoso paracetamol. Publicada no Journal of Pain, a pesquisa feita pela Universidade de Greenwich, em Londres, revisou 18 estudos envolvendo mais de 400 participantes.

 

Descobriu-se que duas canecas de cerveja pode reduzir dores em até um quarto. No entanto, ainda não é certo se o consumo do álcool afeta os receptores cerebrais ou apenas diminui a ansiedade, o que reduz nossa percepção de dor.

 

Segundo os pesquisadores, aumentar a quantidade de álcool no sangue em 0.08% dá ao corpo “uma pequena elevação do limite de dor” e “uma moderada a alta redução de níveis de intensidade da dor”. Eles também apontam que isso justifica o consumo excessivo de pessoas com dores crônicas.

 

“Os resultados sugerem que o álcool é um analgésico eficaz que proporciona reduções clinicas relevantes nos níveis de intensidade da dor, o que explica o abuso de álcool naqueles que sentem dores persistentes, apesar disso trazer potenciais consequências para a saúde a longo prazo”, diz um comunicado.

 

Segundo o Dr. Trevor Thompson, que liderou o estudo, a esperança é encontrar uma alternativa para que os efeitos a longo prazo não sejam tão severos. “Encontramos fortes evidências que o álcool é um ótimo analgésico. Comparado a outros medicamentos, assim como codeína, seu efeito é mais poderoso que o paracetamol. Se pudermos fazer um medicamento sem os efeitos colaterais nocivos, poderíamos ter opções melhores do que vemos por aí”, explicou ao The Sun.

 

Mas vale lembrar que isso não é motivo para encher a cara. “Beber muito irá te causar mais problemas a longo prazo. É melhor consultar seu médico”, alerta Rosanna O’Connor, diretora do órgão de saúde inglês responsável por álcool e drogas.

Justen Celulares