Rui Car
21/06/2017 13h51

Insônia pode estar ligada à genética, aponta estudo

Pesquisadores revelam que ter dificuldade para dormir não tem a ver apenas com o estresse

Assistência Familiar Alto Vale
Portal Minha Vida

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Passou a noite virando de um lado para o outro e sem conseguir pregar o olho? Embora a insônia seja um problema muito comum, quem sofre com o problema pode apresentar uma série de problemas, como depressão e ansiedade, além de terem seu desempenho prejudicado devido à falta de energia.

 

Muitas pessoas acreditam que esse distúrbio é “coisa da nossa cabeça” ou que deve estar relacionado ao estresse. No entanto, um estudo realizado pela Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda, traz uma nova perspectiva mostrando que a genética também pode ter influência nesse transtorno.

 

A pesquisa feita com 113 mil voluntários, constatou que os insones podem ter sete genes que aumentam o risco de sofrer de insônia. Esse tipo de distúrbio ocorre quando as alterações genéticas que se manifestam principalmente na hora em que o DNA é copiado para fazer RNA que, por sua vez, produz as proteínas que regulam todo o metabolismo do nosso corpo. Desta forma, é possível que haja uma alteração química real no cérebro entre as pessoas que passam a noite acordadas.

 

Os pesquisadores descobriram que alguns desses genes, como o MEIS1, já haviam sido relacionado com outros transtorno do sono, como a Síndrome das Pernas Inquietas ou o Distúrbio dos Movimentos Periódicos dos Membros Durante o Sono.

 

Além disso, eles concluíram que essas mesmas alterações genéticas que dificultam o sono regulam também doenças mentais comuns, como os distúrbios de ansiedade, a depressão e o neuroticismo. Assim, os cientistas afirmam que a insônia está associada com seu DNA também.

 

“Esta é uma descoberta interessante, porque essas características tendem a acompanhar a insônia. Agora sabemos que isto é em parte devido à base genética compartilhada”, revelou o autor do estudo Anke Hammerschlag ao Daily Mail.

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 35 milhões de pessoas no Brasil têm o problema, a maioria delas do sexo feminino. “A insônia afeta mais as mulheres do que os homens. Provavelmente, isso ocorre porque elas apresentam uma maior prevalência de doenças que estão associadas à insônia, tais como a ansiedade, a depressão e a fibromialgia”, explica o médico especializado em medicina do sono Daniel Inuoe, do Centro de Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz.

 

Uma pessoa com insônia, muitas vezes, pode levar 30 minutos ou mais para adormecer e pode dormir por apenas seis horas ou menos a partir de três noites por semana por mais de três meses.

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